Gráfico mostra o Bitcoin caindo
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As maiores criptomoedas operam no vermelho nesta terça-feira (31), mas reduzem o ritmo de perdas da sessão anterior. Nos mercados acionários globais, os índices futuros dos EUA recuam no primeiro dia da reunião do banco central americano que vai definir a taxa de juros do país. 

O Bitcoin (BTC) registra queda de 1,5% nas últimas 24 horas, para US$ 22.907,34. Em reais, o BTC mostra baixa de 1,9%, negociado a R$ 117.783,46, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB). 

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O Ethereum (ETH) cai 1,7%, cotado a US$ 1.573,50, segundo dados do Coingecko.  

O mercado cripto também reage à notícia de que a plataforma de crédito cripto Celsius teria enganado investidores – e ocasionalmente usado fundos de novos clientes para pagar saques de outros usuários, o que poderia ser descrito como pirâmide. A informação vem de documento apresentado nesta terça por uma advogada e publicado pelo CoinDesk. 

Em setembro, a ex-promotora Shoba Pillay foi encarregada por um tribunal para oferecer uma visão externa do colapso da plataforma, que pediu recuperação judicial em julho passado. 

A principais altcoins operam entre perdas e ganhos, entre elas BNB (+1,2%), XRP (-1,2%), Cardano (-1%); Polygon (-3%), Solana (-1,8%), Polkadot (-1,5%), Shiba Inu (+1,4%) e Avalanche (-1,4%). 

A Xtage, plataforma de criptoativos da XP, anunciou a inclusão de mais três tokens em sua plataforma: Solana (SOL), Cardano (ADA) e Litecoin (LTC), de acordo com o InfoMoney. 

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Pagamentos digitais no Twitter 

Dogecoin (DOGE), o token de estimação do bilionário Elon Musk,  vai na contramão e sobe 8% nas últimas 24 horas. A criptomoeda ganhou impulsou com a notícia de que o dono da Tesla e do Twitter busca uma licença para autorizar a rede social a realizar pagamentos digitais, segundo informações do Financial Times, que cita duas pessoas com conhecimento dos planos. 

Inicialmente, o sistema de pagamentos seria focado em moedas fiduciárias. No entanto, a ferramenta já seria desenvolvida com uma opção cripto que poderia ser adicionada em um segundo momento. 

Bitcoin hoje 

Acompanhando o mau humor de Wall Street na segunda-feira (30), o Bitcoin registrou a maior queda diária desde novembro, de 4,5%, e chegou a mergulhar abaixo de US$ 22,6 mil. Investidores negociam com cautela à espera da decisão de juros do Federal Reserve, que sai amanhã, 1º de fevereiro. 

Apesar das perdas nesta terça, relatório da Coinshares mostrou que fundos cripto registraram o maior volume de entradas desde julho na semana passada. Produtos de investimento em ativos digitais receberam US$ 117 milhões na semana passada, dos quais US$ 116 milhões em Bitcoin. O total de ativos sob gestão subiu para US$ 28 bilhões, um aumento de 43% em relação a novembro. 

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NFTs na rede Bitcoin 

Embora tokens não fungíveis (NFTs) existam no ecossistema do Bitcoin há quase uma década, alguns ainda não entendem sua finalidade. Um desses projetos é o Ordinals, e alguns maximalistas do Bitcoin o consideram uma afronta aos princípios da maior criptomoeda. “Eu realmente amo os ‘haters’”, disse ao Decrypt Casey Rodarmor, desenvolvedor do protocolo. “Quero dizer, eles fazem mais para atrair mais gente para conhecer o projeto do que qualquer outro (…).” 

Rodarmor é ex-colaborador do Bitcoin Core e desenvolveu o Ordinals para permitir a transferência de satoshis individuais na rede Bitcoin. Satoshis – que fazem referência a Satoshi Nakamoto, pseudônimo do criador da blockchain Bitcoin – são a menor unidade de um BTC.  

Ao CoinDesk, o criador do projeto explicou que o protocolo usa “inscrições” ou conteúdo arbitrário, como textos ou imagens, que podem ser adicionados aos satoshis ou “sats” numerados sequencialmente para criar “artefatos digitais” exclusivos que podem ser mantidos e transferidos por meio da rede Bitcoin como quaisquer outros sats. 

O novo protocolo reacendeu um antigo debate se o Bitcoin deveria ser usado para fins não financeiros. Em 2010, Satoshi Nakamoto respondeu com um “não”. 

Mineração de Bitcoin 

Enquanto isso, está ainda mais difícil minerar Bitcoin. A dificuldade de mineração da principal criptomoeda atingiu novo recorde, subindo cerca de 4,68% nas 24 horas até a segunda-feira (30). 

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E por falar em mineração, a plataforma de crédito cripto BlockFi, atualmente em recuperação judicial, recebeu sinal verde de um juiz de falências em Nova Jersey para vender ativos no segmento. Interessados nos ativos de mineração da empresa têm até 20 de fevereiro para apresentar propostas antes do leilão, informou o CoinDesk. 

Disputa por ações da Robinhood 

Mas a batalha da BlockFi para abocanhar os 56 milhões de ações da plataforma de negociação online Robinhood sofreu outro revés, depois que um tribunal em Antigua concedeu direito de recurso a Sam Bankman-Fried, fundador da exchange cripto FTX. As ações, avaliadas em US$ 577 milhões a preços atuais, também são disputadas pela nova gestão da FTX, pela Emergent Fidelity, com sede em Antigua e controlada por SBF, e pelo Departamento de Justiça dos EUA, que confiscou os ativos no início de janeiro. 

Em outra disputa, a Alameda Research, antigo braço de trading da FTX, quer recuperar cerca de US$ 446 milhões transferidos para a plataforma de empréstimos cripto Voyager Digital, em recuperação judicial, antes do pedido de proteção contra credores da própria Alameda, segundo um novo processo. 

E os nomes de duas pessoas que também assinaram a fiança de US$ 250 milhões de Bankman-Fried estão mais perto de serem conhecidos depois que um juiz federal concedeu uma moção para revelar suas identidades no mês que vem. “A informação buscada (…), tradicionalmente é informação pública”, escreveu o juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Lewis Kaplan, em documento judicial na segunda-feira (30).  

Demissões na Me Poupe! e BitPreço 

No Brasil, a jornalista e youtuber Nathalia Arcuri segue em silêncio sobre a demissão de 50% dos funcionários de sua empresa ‘Me Poupe!’. Mas os críticos não ficaram calados. 

Apesar de a maioria dos comentários ser de cunho político, as críticas ainda focam na premissa de que uma empresa de educação financeira não deveria passar por dificuldade financeira que, no entanto, não foi confirmada pela Me Poupe!. Ao Portal do Bitcoin, a empresa disse que os cortes fazem parte de uma reestruturação que demandará uma reorganização da equipe e investimentos. 

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Já o marketplace cripto BitPreço (agora Bitybank) demitiu nove funcionários. A companhia, que contava com uma equipe de 51 pessoas antes dos desligamentos, disse ao Portal do Bitcoin que as demissões refletem um “ajuste de time frente às condições atuais do mercado”. A compra da Biscoint em julho passado também teria resultado em cargos duplicados. 

Outros destaques das criptomoedas

O MB (Mercado Bitcoin), maior plataforma de ativos digitais da América Latinalançou o programa “Convide e Ganhe da Comunidade MB”, que premiará os cinco usuários com maior número de inserções de membros convidados e verificados em sua comunidade no Discord, aplicativo gratuito de comunicação que permite interação por voz, vídeo e texto. A campanha, que termina em 28 de fevereiro, contará com recompensas em MBRL, a stablecoin da exchange pareada 1:1 com o real. 

“O projeto oferece uma nova dinâmica de entrada na Web3 e representa um passo coletivo na criação de comunidades no ecossistema, criação e gestão de comunidades para ter uma completude de ações e mecânicas que consigam unir as pessoas em um objetivo comum”, diz Robson Harada, diretor de marketing (CMO) do MB. 

A Binance, maior corretora cripto do mundo, anunciou um novo cartão cripto no Brasil, criado em parceria com a Mastercard. O Binance Card será um cartão pré-pago, no qual usuários da plataforma poderão alocar fundos cripto de suas contas na exchange para gastar em qualquer lugar que aceite a bandeira Mastercard. Em nota à imprensa, a Binance diz que o cartão é semelhante ao lançado pela corretora na Argentina ano passado, e a previsão é que o serviço esteja disponível para clientes do Brasil nas próximas semanas. 

A Premier League inglesa fechou um acordo multimilionário com a Sorare, plataforma de futebol fantasia baseado em NFTs, em uma aposta da liga de futebol inglesa nos colecionáveis digitais apesar do inverno cripto, de acordo com o Financial Times. Sob o contrato de licenciamento de quatro anos, usuários poderão colecionar e trocar cartões digitais que representam jogadores de todos os 20 times ingleses de primeira linha e usá-los no game de futebol fantasia. A Sorare, com sede em Paris, conta com o apoio de estrelas como Kylian Mbappé e Lionel Messi, jogadores do PSG. 

Com o contrato, avaliado em milhões de libras por ano, a Premier League também tem a opção de adquirir uma participação acionária na Sorare, disseram pessoas a par do assunto ao FT. A startup foi avaliada em US$ 4,3 bilhões em 2021, quando o Vision Fund, do SoftBank, Benchmark, Accel e outros investiram um total de US$ 680 milhões. 

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