Imagem da matéria: Ataques hackers que pedem resgate em bitcoin expõem falhas de prefeituras e empresas no Brasil
Foto: Shutterstock

O que o sistema do porto de Fortaleza (CE), a Câmara Municipal de Palmas (TO), uma loja de produtos para bebês em Campo Grande, uma empresa de contabilidade em Boa Vista e um hospital em Pirajuí (SP) têm em comum? Todos foram alvo recentemente de ataques hacker, feitos em troca de criptomoedas.

A Prefeitura de Barrinha (SP) também se juntou a esse clube recentemente. Neste caso, o ataque gerou atraso nos pagamentos dos servidores públicos municipais.

Publicidade

Para essa prática, os cibercriminosos utilizam o ransomware – um tipo de código malicioso que torna inacessíveis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usando criptografia. E exigem pagamento de resgate (ransom) para restabelecer o acesso ao usuário – muitas vezes em Bitcoin.

Os ataques cibernéticos expõem uma situação que tende a se tornar cada vez mais comum, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar.

“O modus operandi é escalável e faz uso de qualquer vulnerabilidade.  São grupos organizados que atuam como empresas de tecnologia, que investem em desenvolvimento, mas que o fazem para roubos. Imagina-se que esse tipo de ataque veio para ficar”, comenta Galeno Garbe, executivo especialista em cibersegurança.

Mesmo com essa percepção, as empresas – publicas ou privadas – brasileiras ainda não mostram grande preparado para lidar com esse tipo de ameaça.

Publicidade

“Aqui no Brasil as pessoas só se preocupam com a segurança depois que deu tudo errado. Ainda é cultural em empresas de software a despreocupação com esse quesito”, reforça Leandro Trindade, especialista em cibersegurança e COO (diretor de operações) da aCCESS Security Lab.

“Regras de ouro”

Mas como se prevenir desse tipo de ameaça, cada vez mais disseminada e sofisticada?

Os especialistas ouvidos pelo Portal do Bitcoin destacam duas pequenas “regras de ouro”, acessíveis tanto para usuários finais como para empresas de qualquer porte.

Uma delas é manter os sistemas atualizados. No caso de usuários finais e empresas de pequeno porte basta aceitar as atualizações; no caso de empresas maiores, é necessário um programa de gestão de patches, que garantam que esses updates sejam realizados.

Contudo, Trindade lembra que algumas empresas de maior porte mostram certa resistência a determinadas atualizações, tornando-as mais vulneráveis a ataques virtuais.

Publicidade

“As empresas, para manterem seus legados, acabam não atualizando o sistema operacional ou os serviços disponibilizados. Isso é feito para evitar que uma atualização ‘quebre’ algo que já esteja funcionando – e essa é a consequência [maior propensão a sofrer ataques]”.

A outra “regra de ouro”, que vale para usuários finais e empresas de qualquer tamanho, é o velho e bom backup dos registros mais importantes.

Garbe sugere que essa cópia de segurança dos arquivos seja feita em um pen drive, HD externo ou outro meio de armazenamento offline. E se possível, acrescenta o especialista, que o backup seja mantido fora das dependências da empresa.

“Tão importante quanto ter as copias de segurança é testar esse backup frequentemente”, reforça.

No exterior, grandes empresas costumam promover eventos com hackers que ajudam a identificar falhas nos sistemas, em troca de recompensas.

“Siga o Bitcoin?”

Em geral a caça aos delinquentes virtuais revela-se inglória, dando uma sensação de impunidade. No entanto, isso não significa que tais crimes sejam perfeitos.

Publicidade

A preferência pelo Bitcoin como moeda de resgate, segundo Trindade, se deve ao fato de ser a criptomoeda mais conhecida e por funcionar como “dinheiro físico” nesses casos.

“Não tem um intermediário como uma processadora de cartão onde as pessoas podem estornar o pagamento, acusar de fraude, etc.

Por outro lado, Garbe vê no Bitcoin uma vulnerabilidade que pode, eventualmente, ajudar a identificar os criminosos mais descuidados.

“Quando se conhece a carteira virtual [por meio do saque, por exemplo], pode-se acompanhar seu fluxo. Em algum momento, quando o cibercriminoso quiser materializar seu roubo, os fluxos dessa carteira podem ser identificados e seguidos”.


Compre Bitcoin na Coinext 

Compre Bitcoin e outras criptomoedas na corretora mais segura do Brasil. Cadastre-se e veja como é simples, acesse: https://coinext.com.br

VOCÊ PODE GOSTAR
Nathalia Arcuri falando em evento

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria de conteúdo via blockchain

Mercado Bitcoin e Nathalia Arcuri firmam parceria via blockchain e promovem educação financeira de criptoeconomia gratuita
comprimidos de ecstasy Polícia SP

Polícia apreende ‘balas’ de ecstasy com símbolo de Bitcoin durante prisão

Ocorrência no litoral de SP culminou em prisão em flagrante por tráfico de drogas
Imagem da matéria: Brasileiros importam recorde de R$ 8,6 bilhões em criptomoedas em março

Brasileiros importam recorde de R$ 8,6 bilhões em criptomoedas em março

Como resultado da alta em março, o acumulado do 1º trimestre de importação de criptoativos ficou em US$ 4,69 bilhões, 118% acima de 2023
Imagem da matéria: Renato Moicano: Lutador ganha fãs promovendo o Bitcoin e as "6 lições" de Ludwig von Mises

Renato Moicano: Lutador ganha fãs promovendo o Bitcoin e as “6 lições” de Ludwig von Mises

Famoso no mundo das lutas, Renato Moicano agora também conta com fãs do mercado financeiro e criptomoedas