Gustavo Scarpa em um campo de futebol usando o uniforme do Atlético Mineiro
(Divulgação/Atlético Mineiro)

Agora jogador de futebol do Atlético Mineiro, Gustavo Scarpa voltou a se pronunciar sobre o caso no qual diz ter sido vítima de uma pirâmide financeira envolvendo criptomoedas por influência de seu então colega do Palmeiras, Willian “Bigode”. Scarpa evitou se aprofundar muito no tema, mas disse nesta segunda-feira (15) que quer falar “tudo que pensa” sobre William em algum momento. 

“Tenho acompanhado todo esse caso aí quase todo dia. Estou esperando a Justiça ser feita. É um processo que demandou muita atenção da minha parte, muito foco, muita energia. E eu acredito ainda que eu vou conseguir resolver essa situação. Acompanhei a entrevista dele. Prefiro nem comentar sobre, apesar da vontade que eu tenho de comentar, de falar tudo que eu penso dele, de tudo que ele fez”, afirmou o atleta do Atlético em sua primeira entrevista coletiva como jogador do time de Minas Gerais, segundo o Estadão.

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Scarpa se referia a uma outra entrevista recente, dada por Willian na última sexta-feira (12) durante sua apresentação no Santos, clube que irá defender em 2024. 

“Claro que é uma situação que não é normal, mas é uma situação que não vou falar mais”, disse William na ocasião. “Dentro de mim isso está bem resolvido. Sei do meu caráter, da minha identidade, sei quem eu sou, agora vou continuar focado aqui para fazer o meu trabalho da melhor forma.”

Promessa de rendimentos de até 5% ao mês

O caso veio à tona em março de 2023 quando os jogadores Mayke e Gustavo Scarpa procuraram a Justiça de São Paulo para tentar reaver cerca de R$ 11 milhões em investimentos feitos em 2022 na Xland através da WLJC. 

A promessa de rendimento era de 3,5% a 5% ao mês em supostos investimentos em criptomoedas ofertados pela WLJC. No entanto, quando os clientes tentaram resgatar seus fundos, entre agosto e outubro de 2022, não tiveram sucesso.

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Willian “Bigode” foi apontado como um dos proprietários da WLJC e o responsável por convencer os colegas de Palmeiras a colocarem dinheiro na pirâmide. Segundo reportagem da ESPN, Willian já teria prestou depoimento à polícia e informou que também é vítima, pois teria perdido cerca de R$ 16 milhões no negócio.

Em março do ano passado, o Fantástico fez uma reportagem sobre o esquema. Os responsáveis pelo negócio seriam “Bigode”, Gabriel Nascimento e Jean Ribeiro da Xland. O nome de Marçal Siqueira também aparece como promotor do negócio.

O programa da TV Globo divulgou uma troca de mensagens entre os jogadores: “Pelo respeito, amizade, consideração e amor que eu tenho por você, queria te dar um toque antes. Infelizmente vou ter que falar da sua empresa”, disse Scarpa a Willian, alertando sobre o processo que estava abrindo na Justiça. “É meu patrimônio quase todo. Eu não posso correr esse risco de perder”, ressaltou.

Antes, Willian já não tinha mais respostas: “Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no senhor”, disse ele ao jogador.

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Gabriel Nascimento, dono da Xland, falou com a reportagem e prometeu resolver o problema. Ele afirmou para seus clientes que a empresa mantinha R$ 2 bilhões em pedras preciosas, mas não comprovou ao Fantástico. 

Para o delegado Glaucius Vinicius Silva, que falou com a reportagem, existem indícios de que houve o crime de estelionato.

Justiça bloqueia bens de “Bigode”

Em abril do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 7,8 milhões das contas bancárias do jogador Willian “Bigode” bem como de suas sócias na WLJC Gestão Financeira, Loisy de Siqueira e Camila Moreira de Biasi.

O bloqueio se deu no âmbito de um processo movido por Mayke, que atua pelo Palmeiras.

“Bigode” e Braiscompany

Reportagem do Portal do Bitcoin mostrou que “Bigode” aparentemente já teve amizade com outro famoso criador de pirâmides no Brasil: Antônio Neto Ais da Braiscompany.

Atualmente foragido da Polícia Federal junto com sua esposa Fabrícia Campos, Ais era o rosto da empresa que prometia entregar altos rendimentos aos clientes por meio de “aluguel de criptoativos” — um esquema de pirâmide financeira de R$ 1,5 bilhão, derrubado pela Polícia Federal em fevereiro de 2023.

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A relação entre Ais e Bigode veio à tona por uma foto que começou a circular em perfis nas redes sociais de vítimas da Braiscompany, em que a dupla aparece posando com uma camisa do Palmeiras, ex-time do jogador.

Na imagem publicada por Antônio Neto nos stories do Instagram, ele elogia Willian Bigode e o chama de “irmão”. “Sem dúvida um craque dentro e fora do campo. Deus te abençoe irmão”, diz a legenda da imagem em que Bigode é marcado.

Líder foragido da Braiscompany, Antônio Neto Ais, com Willian Bigode (Foto: Reprodução/Instagram)
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