Imagem da matéria: Itaú planeja lançar fundo ETF de Bitcoin e cadastra produto na CVM
Foto: Shutterstock

O braço de fundos de investimento do banco Itaú planeja lançar um fundo de investimentos do tipo ETF que vai seguir o preço do Bitcoin. O produto está em fase pré-operacional e foi constituído no dia 18 de outubro, conforme o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são chamados fundos de índice, porque buscam replicar a carteira e a rentabilidade de determinado índice de referência.

Publicidade

O fundo foi batizado como IT NOW BLOOMBERG GALAXY BITCOIN FUNDO DE ÍNDICE. A IT NOW é o provedor de fundos ETF do Itaú, cuja prateleira é extensa em produtos tradicionais, mas inexistente em criptomoedas.

Até então, o principal banco brasileiro se limitava a ser um parceiro operacional de alguns dos fundos do mercado. Foi o responsável, por exemplo, pela distribuição do ETF da Hashdex, o primeiro a operar na B3.

“Ao que tudo indica, eles vão seguir o índice Galaxy Bloomberg de Bitcoin. Trata-se de um fundo passivo para concorrer com o QBTC, da QR, e o BITH11, da Hashdex”, diz Lorenzo Frazzon, estrategista-chefe da Passer Investimentos.

Não se sabe ainda qual será a natureza do produto: se será spot — o que implicaria a compra e a custódia de bitcoins —, ou se irá se vincular a contratos futuros, como o que está em operação nos Estados Unidos. Neste caso, não envolveria a compra do ativo em si, mas de diversos contratos ligados ao futuro do preço do bitcoin.

Publicidade

Procurado, o Itaú preferiu não comentar o assunto.

A mudança do Itaú

Se no passado o Itaú ficou conhecido por fechar contas de usuários e de empresas de criptomoedas, nos últimos tempos o banco vem mudando de rota e apostando na tecnologia da web3.

Em janeiro, um braço de investimentos da empresa, o Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco, fez um aporte na startup de tokenização Liqi. Em outubro de 2021, a Kinea, também ligado ao Itaú e que possui sob gestão mais de R$ 50 bilhões, revelou que havia feito a primeira compra de Ethereum.

Nos meses anteriores, o banco vinha usando as criptomoedas em diversas propagandas como forma de atrair clientes durante o boom do mercado. Mas nem sempre foi assim. No passado, o banco fechou diversas contas de exchanges alegando a impossibilidade de cumprir as obrigações legais e regulatórias sobre a Prevenção de Lavagem de Dinheiro/Combate a Financiamento de Terrorismo (PLD/CFT) em um caso que chegou a ser levado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

VOCÊ PODE GOSTAR
logo da xrp ripple na bandeira do brasil

1º ETF de XRP do mundo estreia hoje no Brasil

O fundo XRPH11 da Hashdex tem a Genial Investimentos como administradora
Imagem da matéria: Zelador confirma que Daniel Fraga morou em Ribeirão Preto até 2021, mostra youtubers

Zelador confirma que Daniel Fraga morou em Ribeirão Preto até 2021, mostra youtubers

Pioneiro do Bitcoin ao comprar ativo por R$ 12 em 2012, Daniel Fraga sumiu após diversos problemas com a Justiça e autoridades
Imagem da matéria: X nega envolvimento com pagamento em Bitcoin a Allan dos Santos

X nega envolvimento com pagamento em Bitcoin a Allan dos Santos

A PF identificou a possibilidade de repasses em criptomoeda à conta do influenciador Allan dos Santos, bloqueada por ordem do STF
ilustração de pessoas trocando informações via blockchain entre celulares

Banco Central quer ouvir a sociedade sobre “tokenização” de cartões

A ação busca obter informações e evidências que vão subsidiar estudos sobre o tema