Imagem da matéria: Mining Capital Coin: Polícia Federal faz ação contra esquema internacional de R$ 300 milhões com criptomoedas
Emerson Pires (esquerda) e Luiz Capuci Júnior (direita) são acusados de aplicar golpe através da Mining Capital Coin (Imagem: Reprodução)

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (13) a Operação Yang, que investiga um grupo criminoso brasileiro que lucrou cerca de US$ 62 milhões (R$ 300 milhões) com um esquema fraudulento que lesou 60 mil pessoas em diversos países.

De acordo com a PF, o grupo tinha uma empresa que prometia altos rendimentos com investimentos no mercado e que, após a captação, desviavam os recursos dos clientes usando carteiras de criptomoedas e depósitos em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.

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Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores eram usados na aquisição de bens de alto padrão, como veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília, Goiânia e Caldas Novas, diz a nota da polícia.

A PF não cita o nome dos investigados nem qual seria a empresa, mas fontes a par do assunto ouvidas pelo Portal do Bitcoin, confirmaram que o alvo é a Mining Capital Coin, fundada por Luiz Carlos Capuci Júnior (CEO) e Emerson Souza Pires.

Leia também: Governo dos EUA acusa dois brasileiros de fraude de US$ 62 milhões com criptomoedas

Em maio deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) processou a dupla em 2022 por aplicar um golpe global que deu um prejuízo de US$ 62 milhões a investidores de criptomoedas.

As acusações de fraude também tiveram como alvo outras duas empresas de Capuci: CPTLCoin e Bitchain Exchanges, nas quais eram oferecidos os pacotes fraudulentos de investimento de mineração.

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De acordo com a investigação da SEC, a dupla de brasileiros incentivou mais de 65,5 mil investidores em todo o mundo a comprar pacotes de investimentos prometendo retornos diários de 1%, pagos semanalmente, em até 52 semanas.

Hoje, estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em endereços em sete estados e no Distrito Federal. Além disso, foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos, bem como o sequestro de 52 imóveis.

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