Um homem de 24 anos de Pretória, capital da África do Sul, poderia estar desfrutando de quase US$ 1 milhão em bitcoins se não tivesse perdido as chaves de sua carteira contendo aproximadamente 20 BTCs minerados há cerca de 10 anos. Conforme relatou o site local Mybroadband, o arquivo com os códigos foi deletado acidentalmente durante uma limpeza da área de trabalho de seu computador.
“Existem várias histórias semelhantes à minha, o que mostra o risco e a possível recompensa de ser um dos primeiros a adotar novas tecnologias”, disse o homem, cujo nome verdadeiro não foi revelado pela reportagem, que o apelidou de Michaels. Hoje ele é formado em engenharia e continua envolvido com as criptomoedas, principalmente com ethereum.
Começou cedo na mineração
Michaels contou que teve acesso a um computador ligado à internet logo cedo, aos 6 anos, e o usava especificamente para brincar de desenhar no Paint, o software da Microsoft. Mais tarde, ja adolescente, ele montou sua própria máquina com potência suficiente para minerar seus primeiros bitcoins, depois de ler sobre a tecnologia na Internet. Na época, 1 BTC valia ainda alguns centavos de dólar.
“Acredito que usei o software da carteira original do Bitcoin, que exigia uma chave e uma senha para acessar”, disse à reportagem do Mybroadband, ressaltando que não se lembra por quanto tempo usou o software de mineração, mas que deve ter durado alguns meses.
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Com o valor irrisório do BTC na época e sem ter como negociá-lo devido a sua idade, Michaels disse que ficou entediado, visto que o computador ficava ocupado com algo “praticamente inútil”. Por conta disso, o jovem não se preocupou em proteger seus fundos e o arquivo de texto com as chaves da carteira que estava na área de trabalho do seu PC acabou sendo excluído em uma limpeza de rotina.
Carteira com bitcoins ‘perdida’
Segundo relatou ao site, Michaels disse que cerca de 7 anos depois, quando o bitcoin atingiu US$ 1 mil, ele fez sua primeira tentativa de recuperar os fundos. Juntou então todos os discos rígidos que possuía e dispositivos de mídia a fim de tentar localizar o arquivo de texto, mas não obteve sucesso.
Ao site, Michaels comparou seu caso ao do apostador de loteria que preenche o bilhete, não o registra em uma lotérica, e posteriormente seus números são sorteados.
Ainda íntimo das criptomoedas, o jovem disse que não investe muito dinheiro no mercado e que apenas gosta de acompanhar suas mudanças. Ela agora aposta na mineração de ethereum e têm trocado esses fundos por outras altcoins.