fachada do Deutsche Bank em Düsseldorf, Alemanha
Shutterstock

A Taurus — uma fintech suíça que oferece serviços de cripto para empresas — anunciou um acordo com o banco alemão Deutsche Bank para estabelecer um serviço de custódia de ativos digitais. Juntamente com a custódia de criptomoedas, o Deutsche Bank também usará a infraestrutura da Taurus para oferecer tokenização para seus clientes, conforme comunicado compartilhado com o Decrypt nesta quinta-feira (14).

“Acreditamos que a economia tokenizada continuará a se desenvolver”, disse Paul Maley, chefe global de títulos do Deutsche Bank, ao Decrypt. Ele acrescentou que “Esperamos ver cada vez mais ativos tradicionais e pagamentos em dinheiro eventualmente chegando via “on-chain”.

Publicidade

“Como se espera que o setor dos ativos digitais abranja trilhões de dólares em ativos, será certamente visto como uma das prioridades para investidores e empresas. Como tal, os custodiantes devem começar a adaptar-se para apoiar os seus clientes”, disse Maley, num comunicado de imprensa compartilhado com a Decrypt .

“O interesse institucional está crescendo”

Em um momento de entusiasmo aparentemente silencioso por produtos relacionados às criptomoedas em todo o mercado, o anúncio indica que, nos bastidores, as instituições estão atentas à classe de ativos.

Segundo a Taurus, este acordo “mostra que o interesse institucional está crescendo” e que “contraria o argumento de que não sobrou ninguém”. Para a empresa, a entrada do Deutsche Bank neste espaço é fundamental para desenvolver e avançar na adoção de ativos digitais.

Ao ser perguntado se o colapso da FTX influenciou a percepção pública em relação à classe de ativos digitais, um executivo do Taurus disse que, como o Deutsche Bank é uma importante instituição financeira tradicional, a sua entrada “só pode ajudar a melhorar a confiança nos mercados cripto”.

Publicidade

Por sua vez Maley disse que, “Após as consequências de grande visibilidade, estamos vendo uma maior demanda dos clientes por players altamente regulamentados como nós para entrar neste espaço”.

A Taurus trabalha em todo o âmbito de instituições financeiras — estabelecendo serviços em quatro continentes —, incluindo bancos sistêmicos, bancos online, bancos de criptomoedas e outros.

A empresa anunciou uma rodada Série B de US$ 65 milhões no início deste ano, liderada pelo Credit Suisse e pelo já mencionado Deutsche Bank.

A empresa suíça anunciou no início de junho sua integração com a Polygon, garantindo que os bancos com os quais trabalha possam “emitir, reservar e prestar serviços” de ativos tokenizados na rede de prova de participação (ou proof-of-stake, em inglês).

Publicidade

O Deutsche Bank, maior banco da Alemanha com 1,3 bilhões de dólares em ativos sob gestão, solicitou recentemente uma licença de custódia digital no país. A gigante financeira tem trabalhado em uma plataforma de custódia criptoativos desde 2020.

O acordo anunciado hoje é imediato e, segundo Maley, “já estamos trabalhando com eles [Taurus]”.

*Traduzido com autorização do Decrypt.

Talvez você queira ler
Imagem da matéria: A grande aposta do presidente de El Salvador no Bitcoin valeu a pena?

A grande aposta do presidente de El Salvador no Bitcoin valeu a pena?

Nayib Bukele está com uma perda de quase 8% em seu investimento de 3.120 BTC
Foto frontal de homem com capuz cobrindo a cara com as maõs

Exchange de criptomoedas perde US$ 50 milhões em hack e alerta: “saquem imediatamente”

Antes do incidente, a exchange descentralizada (DEX) tinha mais de US$ 80 milhões em valor total bloqueado
Imagem da matéria: Tokenização, Inteligência Artificial e tendências: último episódio do podcast do MB discute “o dinheiro do amanhã”

Tokenização, Inteligência Artificial e tendências: último episódio do podcast do MB discute “o dinheiro do amanhã”

Com visão de inclusão financeira, acesso à tecnologia e desenvolvimento global, especialistas destacam os desafios da economia exponencial
Busto de homem usando laptop

Golpistas se passam por jornalistas para invadir contas do Friend.tech e roubar criptomoedas

O modus operandi ocorre por meio de engenharia social, uma técnica usada por golpistas para enganar suas vítimas