Imagem da matéria: Após fracasso em primeiro leilão, bens da Braiscompany voltarão a ser vendidos em agosto
Carros de luxo dos donos da Braiscompany que foram a leilão (Foto: Reprodução/JFPB)

O leilão em julho dos bens apreendidos dos donos da pirâmide financeira Braiscompany foi um fracasso, sem nenhum comprador demonstrar interesse nas duas primeiras ofertas. Agora, os mesmos bens voltarão a ser leiloados em agosto, conforme noticiou o G1.

Na segunda-feira (10), o juiz da 4ª Vara Federal de Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, determinou que um novo leilão seja realizado no dia 10 de agosto, às 9h da manhã. Se os bens mais uma vez não forem arrematados nesta primeira oferta, eles voltam a ser leiloados na semana seguinte, em 17 de agosto.

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Os mesmos bens colocados à venda no leilão anterior — três carros de luxo e um jet ski, avaliados em R$ 1.355.000 — estarão de volto no novo leilão de agosto. Um diferencial dessa nova oferta será a inclusão de mais um jet ski que não havia sido divulgado no primeiro leilão, avaliado em R$ 95 mil.

Uma vez que esses bens já foram ofertados ao público, quando voltarem a ser leiloados em agosto, os compradores poderão arrematá-los com 20% de desconto sobre o preço de avaliação original — com exceção do jet ski de R$ 95 mil, que não estava no primeiro leilão.

Ainda não está claro se esse desconto será suficiente para atrair os compradores, já que a segunda parte do primeiro leilão, em que a promoção já havia sido ofertada, não houve lances.

Braiscompany evita leilão de mansões

Na decisão de junho da 4ª Vara Federal de Campina Grande, que autorizou o primeiro leilão dos bens apreendidos, três outras casas pertencentes ao casal foragido da Braiscompany,  Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, também estavam na lista de imóveis a serem vendidos.

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No entanto, essas casas foram removidas do leilão após o desembargador federal Sebastião Vasques de Moraes deferir uma liminar solicitada pela defesa do casal, feita pelo advogado Nelson Wilians, para suspender a alienação antecipada desses imóveis.

No pedido de limitar, a defesa da Braiscompany argumentou que o leilão é “precipitado, uma vez que ainda não houve início do processo penal contra os investigados – muito menos uma condenação – impossibilitando a avaliação ou determinação do valor exato do possível dano financeiro causado ao Estado devido à suposta prática dos crimes atribuídos a eles”. 

O pedido de suspender o leilão das mansões também descreve que os bens possuem “grande valor sentimental e financeiro” para os investigados.

Os argumentos foram suficientes para convencer o desembargador. Na decisão, no entanto, ele não descartou que o leilão aconteça no futuro, “caso seja constatado pelo juízo que os imóveis estejam abandonados ou se deteriorando”.

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Prisão de ex-funcionários da Brais

Três ex-funcionários da Braiscompany, a pirâmide financeira que lesou milhares de investidores na Paraíba, foram presos no dia 23 de junho pela Polícia Federal. A prisão foi executada pela delegacia de Foz do Iguaçu, no Paraná, região de fronteira do Brasil com Argentina e Paraguai, após o serviço de inteligência da PF localizar os alvos.

As autoridades confirmaram que os três ex-funcionários da Braiscompany eram foragidos da Operação Halving, que foi deflagrada em fevereiro deste ano para derrubar o esquema fraudulento de criptomoedas da Brais.

Apesar das prisões, os dois principais líderes da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, seguem foragidos da PF e alvos de alerta vermelho da Interpol.

A dupla pode ser convocada em breve a prestar depoimentos na CPI das Pirâmides Financeiras instaurada na Câmara dos Deputados para investigar os esquemas que usam criptomoedas para enganar investidores brasileiros.

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