Ilustração de bandeira do Brasil dentro moeda de Bitcoin
Marco Legal das Criptomoedas no Brasil foi sancionado em dezembro de 2022 (Foto: Shutterstock)

Após cinco semanas negativas, os fundos globais com exposição a criptomoedas voltaram a registrar entrada líquida de recursos, com um saldo de US$ 130 milhões, segundo dados da CoinShares. Enquanto isso, os produtos do Brasil atingiram sua 21ª semana seguida de captação positiva.

Os fundos brasileiros captaram US$ 300 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) na semana encerrada em 10 de maio, levando o total em 2024 para US$ 133 milhões (ou R$ 680 milhões). A última vez que o país teve saída semanal de recursos foi em 8 de dezembro de 2023, quando o fluxo foi negativo em US$ 4,6 milhões.

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Apesar da forte sequência positiva, o mercado brasileiro está em terceiro lugar no dado do ano, atrás de Estados Unidos (US$ 13,2 bilhões) e Hong Kong (US$ 414 milhões), ambos países que lançaram nos últimos meses ETFs de Bitcoin à vista, o que ajudou no forte fluxo para ambos.

Na última semana, os EUA registraram a maioria das entradas, totalizando US$ 135 milhões. Em segundo lugar ficou exatamente Hong Kong, com US$ 19 milhões, bem abaixo da última semana, o que, segundo a CoinShares, indica que a maior parte do fluxo da primeira semana após o lançamento dos ETFs de Bitcoin e Ethereum na região foi de fundos semente.

Já a Suíça registou entradas de US$ 14 milhões, enquanto Canadá e Alemanha continuaram a registar saídas, totalizando US$ 20 milhões e US$ 15 milhões, respetivamente, com as suas saídas acumuladas no ano totalizando agora, juntos, US$ 660 milhões.

Fluxo de recursos para fundos de criptomoedas dividido por país (Fonte: Bloomberg e Coinshares)

Entre os fundos, o iShares da BlackRock voltou a registrar entradas de US$ 48 milhões, ficando apenas no terceiro lugar da última semana, que por sua vez foi liderada pela Fidelity, com fluxo positivo de US$ 111 milhões.

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Entre elas ficou a Ark, que registrou entrada líquida de US$ 83 milhões. Na outra ponta, a Grayscale segue com o maior fluxo de saída, desta vez de US$ 171 milhões.

Fluxo de recursos para fundos de criptomoedas dividido por produto (Fonte: Bloomberg e Coinshares)

Já nos dados entre ativos, o Bitcoin registrou entradas de US$ 144 milhões, recuperando o que tem sido um mês fraco até agora. Os ETPs (produtos negociados em Bolsa, como ETFs) que operam vendidos em Bitcoin, ou seja, apostando na queda, registraram saídas de US$ 5,1 milhões, levando o acumulado de oito semanas para US$ 18 milhões negativos.

A baixa interação dos reguladores dos EUA com os emissores de pedidos de ETFs de Ethereum à vista aumentou a especulação de que a aprovação do produto não é iminente, o que se refletiu em saídas que totalizaram US$ 14 milhões na semana passada para ETH, explicou a CoinShares.

Fluxo de recursos para fundos de criptomoedas dividido por ativo (Fonte: Bloomberg e Coinshares)
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