Imagem da matéria: Manhã Cripto: Coinbase trava batalha contra regulador dos EUA; Binance ensaia retorno à Rússia e Ethereum bate recorde de staking
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O mercado de criptomoedas opera sem rumo definido nesta terça-feira (25) em meio ao alívio da pressão vendedora dos últimos dias, com investidores atentos a novidades no campo da regulação e ao cenário macro. 

Nas bolsas internacionais, os índices na Europa e futuros dos EUA caem à espera dos balanços das gigantes Microsoft e Alphabet, dona do Google. 

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O Bitcoin (BTC) mostra pouca variação nas últimas 24 horas, cotado a US$ 27.397,93, segundo dados do Coingecko.  

Em reais, o BTC  cai 0,83%, cotado a R$ 138.808, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).  

O Ethereum (ETH) opera em baixa de 1,1%, negociado a US$ 1.821,84.  

Apesar das perdas de quase 13% em sete dias, investidores seguem apostando na segunda maior criptomoeda após a atualização Shanghai. 

Na semana passada, investidores depositaram um volume recorde, ou cerca de 571.950 tokens ETH, em contratos de staking, no valor de mais de US$ 1 bilhão, de acordo com um painel de dados da Dune Analytics criado por Tom Wan, analista da empresa de investimentos em ativos digitais 21Shares, divulgado pelo CoinDesk

As altcoins se alternam entre perdas e ganhos, com destaque para BNB (+0,2%), XRP (-1,1%), Cardano (-1%), Dogecoin (-0,1%), Polygon (-2,3%), Solana (-1,8%), Polkadot (-0,9%), Shiba Inu (-0,6%) e Avalanche (+2%). 

Bitcoin hoje 

A indefinição no mercado de criptomoedas nesta terça acompanha a cautela de investidores de renda variável, que buscam adivinhar o rumo dos juros nos EUA antes de ajustarem as apostas. 

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A expectativa de traders e economistas é de um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa básica na próxima reunião do Federal Reserve, o banco central americano, mas a grande dúvida é sobre quando começaria o afrouxamento monetário, o que poderia liberar mais capital para investimentos em ativos de risco, como criptomoedas. 

Em meio às incertezas, o Standard Chartered está otimista. Na avaliação do banco, a maior criptomoeda pode subir para US$ 100 mil no ano que vem na esteira do próximo “halving”, que vai reduzir a oferta do token pela metade. 

“Vemos potencial para o Bitcoin atingir o nível de US$ 100 mil até o final de 2024, pois acreditamos que o ‘inverno cripto’ finalmente acabou”, disse Geoff Kendrick, chefe de pesquisa cripto e câmbio do banco, em nota segunda-feira (24). 

A recente crise bancária nos EUA puxou o rali do Bitcoin e restabeleceu seus fundamentos “como um ativo digital descentralizado”, disse o banco. Além do halving, o Standard Chartered também destacou o fim dos aumentos dos juros pelo Fed e avanços no lado regulatório. 

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Investimento em ouro 

No entanto, parte dos investidores assustados com as perdas no mercado de criptomoedas decidiu aplicar em ouro, o tradicional porto seguro em momentos de turbulência. 

Segundo o Wall Street Journal, buscas na web por “cripto” e “ouro” na mesma consulta no ano passado atingiram os níveis mais altos desde 2018, de acordo com uma análise de Nick Martin, da Hootsuite, uma plataforma de marketing de rede social com sede em Vancouver.  

As pesquisas no Google pela frase “como comprar ouro” subiram para o maior patamar registrado neste mês, de acordo com dados do Google Trends rastreados há duas décadas. 

Aliás, Robert Kiyosaki, autor do livro “Pai Rico, Pai Pobre” prevê que o ouro vai despencar e pretende comprar mais. 

Coinbase enfrenta SEC 

A Coinbase, maior exchange de criptomoedas americana, entrou com uma ação contra a SEC, a CVM dos EUA, na segunda-feira (24), pedindo a um tribunal federal que obrigue a agência a responder sua demanda por regulamentações mais claras para a indústria cripto, conforme o Decrypt

A corretora enviou à SEC uma “petição para regulamentação” em julho passado e solicitou ao regulador que propusesse e adotasse regras para os criptoativos. Também pediu respostas para 50 perguntas específicas que forneceriam “clareza e certeza em relação ao tratamento regulatório” para ativos digitais. 

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Algumas das perguntas se concentram na metodologia da SEC para classificar certos tokens como valores mobiliários, enquanto outras focam em tópicos como custódia e negociação de criptoativos em bolsas reguladas pela agência americana. 

Diante da pressão nos EUA, a Coinbase tem expandido suas operações em mercados como Singapura, Canadá e Brasil, mas reportagem do Wall Street Journal aponta que a exchange americana deve se preparar para enfrentar rivais estabelecidas nesses países. 

Binance na Rússia 

Uma dessas grandes rivais da Coinbase é a Binance, maior exchange cripto do mundo, que estaria ensaiando seu retorno à Rússia, de acordo com o site de notícias cripto Forklog

Conforme a reportagem, a corretora teria discretamente suspendido restrições aos cidadãos e residentes russos que foram impostas há mais de um ano. Em março de 2022, depois que a União Europeia impôs sanções à Rússia em resposta ao ataque à Ucrânia, a Binance anunciou que não ofereceria suporte aos depósitos de cartões Visa e Mastercard emitidos na Rússia, bem como quaisquer depósitos Visa e Mastercard feitos a partir do mercado russo. 

Agora, a restrição parece ter acabado: usuários podem depositar rublos russos, euros, libras esterlinas e outras moedas com cartões bancários emitidos na Rússia, segundo o site. 

Quando contatado pelo CoinDesk, um porta-voz da Binance não confirmou nem negou explicitamente a suspensão das restrições, mas afirmou em e-mail: “Todas as restrições atuais relacionadas a sanções a cidadãos russos são aplicadas pela plataforma e suas entidades legais na União Europeia em sua totalidade”. 

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Ativos da Globix 

Advogados responsáveis por um processo contra a Globix, exchange cripto que fechou as portas em junho passado, obtiveram uma ordem judicial que bloqueia os ativos digitais e obriga corretoras a fornecer informações de clientes enquanto tentam rastrear US$ 43 milhões em fundos perdidos, informou o Financial Times

Uma liminar em Gibraltar emitida no início deste mês ordenou que a Binance interrompa tentativas de transferir ativos de várias carteiras cripto vinculadas à Globix.. 

O tribunal também exigiu que outras exchanges, incluindo Crypto.com, Bitstamp e Kraken, revelem as identidades por trás de certas carteiras cripto associadas à plataforma Globix, de acordo com o pedido ao qual o FT teve acesso.  

Segundo a reportagem, documentos enviados aos tribunais de Gibraltar afirmam que uma carteira de financiamento da Globix estava ativa até o fim de setembro de 2022, bem depois que investidores tiveram suas contas bloqueadas.  

Além disso, cerca de US$ 18 milhões teriam sido transferidos para a Binance entre maio de 2021 e setembro de 2022. A exchange não respondeu a um pedido de comentário. 

Outros destaques das criptomoedas  

A startup israelense Fireblocks, provedora de tecnologia de segurança para criptoativos, planeja se expandir no Brasil como fornecedora de infraestrutura para custódia de tokens e ativos digitais, de acordo com o Valor.  

A Fireblocks tem como foco projetos de finanças tradicionais e participantes do mercado regulado com infraestrutura para prestadores de serviços institucionais de ativos digitais, além de suporte à tokenização, web3, contratos inteligentes e meios de pagamentos, conforme a reportagem. Também prevê atuar com o real digital de atacado e moedas tokenizadas de varejo. 

Um grupo de desenvolvedores brasileiros lançou uma versão de testes do “Olefoot”, um game baseado em tokens não fungíveis (NFTs), segundo o Cointelegraph. O jogo segue a linha de jogos de cartas e é semelhante ao famoso “Cartola”, mas não é associado aos campeonatos nacionais. Os NFTs dos jogadores reais possuem características como velocidade, passe, marcação, finalização, fair play, drible, desgaste e valor de mercado. 

E o Instituto Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento em Informática da Romênia visa impulsionar a adoção da web3 no país com o lançamento de uma plataforma de negociação de tokens não fungíveis. A plataforma institucional NFT, chamada ICI D|Services, entra em operação nesta quarta (26) com o objetivo de criar um vínculo entre instituições e usuários do setor público e privado.  

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