carro BMW azul de sócio da Arbcrypto com marcas de tiros
Foto: Divulgação

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) absolveu, no último dia 19, dois policiais militares acusados de tentativa de homicídio contra o ex-sócio da Arbcrypto, Enéas de Lima Tomaz. O caso, que ocorreu em Atibaia (SP) em agosto do ano passado, foi motivado por cobrança de dívida, já que a Arbcrypto faz parte de um rol de empresas que aplicaram golpes de pirâmide usando criptomoedas como isca.

Na ocasião do ocorrido, os policiais militares Claudemir Bomfim Alves e Ricardo Botelho da Mota perseguiram, à paisana, a vítima, que estava foragido da justiça por supostos golpes aplicados por meio da Arbcrypto.

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Conforme informações na época, eles teriam supostamente disparado tiros contra o carro de Tomaz, um modelo BMW blindado. Com os PMs, estavam dois credores da Arbcrypto: Felipe de Souza Torresi e Felipe Alves de Jesus. Junto com os PMS, eles também foram presos após intervenção da Polícia Rodoviária Federal. Torresi e Jesus teriam perdido R$ 400 mil, e R$ 15 mil, respectivamente, em investimentos feitos na Arbcrypto, disseram à PRF em meio à ocorrência.

Uma semana depois, os policiais foram denunciados pelo Ministério Público Estadual de São Paulo por tentativa de homicídio. Torresi, que acompanhou a perseguição, também foi denunciado por falsidade ideológica por ter se identificado como “delegado dos direitos humanos”.

O processo correu em segredo de Justiça até ir a júri popular. Na sentença do dia 19 de maio, os réus acabaram absolvidos.

“Encontrando-se o processo em ordem, os réus foram submetidos a julgamento popular. Os senhores jurados votaram não, afastando a materialidade delitiva do crime de homicídio tentado. Afastada, encerrada a votação, tendo em vista o afastamento pelo Conselho de Sentença de sua competência constitucional”, diz um trecho resumido do despacho da juíza Carolina Cheque de Freitas, da 2ª Vara Criminal do Foro de Atibaia.

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Acerca da condição de Torresi, ele também acabou sendo inocentado,segundo a magistrada, porque ele não teve a intenção de obter vantagem em proveito próprio, porque os PMs já estavam detidos.

Relembre o caso

Enéas Tomaz, era foragido da justiça desde 2020 por suspeita de golpes com bitcoin. No dia 08 de agosto do ano passado, quando saía de um hotel em Atibaia, cidade no interior de São Paulo, foi seguido pelos militares que teriam atirado várias vezes contra seu veículo BMW blindado.

Segundo contou aos agentes da PRF na época, ele desconfiou que estava sendo seguido e pediu ajuda. A PRF localizou Tomaz dentro de uma propriedade rural e, em seguida, chegaram os militares e os dois civis. Um deles confessou que foi vítima de golpe por Tomaz e que junto com os demais o estava monitorando.

Enéas Tomaz é parte de uma Ação Civil que corre no Tribunal de Justiça de Goiás, onde também são citados Alexandre Cesário Kwok e Marcos Evangelista de Morais. A Arbcrypto, cuja sede ficava em Belize, na América Central, dizia ser uma empresa de soluções de tecnologia focada no desenvolvimento de ferramentas especiais para o mercado de criptomoedas.

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O negócio prometia lucros exorbitantes com arbitragem para quem enviasse bitcoin, mas deixou vários clientes sem receber. Em 2019, o ex-capitão da Seleção Brasileira de Futebol, Cafu, chegou a promover o negócio e por isso também foi citado nos autos.

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