Imagem da matéria: MP denuncia caçadores de acusado de golpe de pirâmide por tentativa de homicídio
Carro do representante da ArbCrypto (Foto: Divulgação)

Dois investidores de criptomoedas e dois policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MPSP) por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil contra o empresário Enéas Tomaz. A informação foi publicada pelo site Ponte.org na noite da terça-feira (17).

Tomaz era sócio da ArbCrypto — suposta pirâmide financeira associada a bitcoin — e estava foragido da Justiça desde o ano passado. No dia 8 de agosto, ele foi perseguido de carro pelo grupo que teria sido vítima de seus golpes após sair de um hotel em Atibaia (SP).

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Todos foram presos em flagrante na ocasião. São eles: as vítimas do suposto golpe, Felipe de Souza Torresi e Felipe Alves de Jesus; os dois policiais militares envolvidos no atentado, Claudemir Bomfim Alves e Ricardo Botelho da Mota; e, por fim, Tomaz, que já era procurado pela polícia.

Além da denúncia de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil que todos os quatro indivíduos enfrentam, Torresi é acusado ainda por falsa identidade, já que ele fingiu ser delegado no momento da prisão, chegando a apresentar uma carteira falsa de “delegado federal dos direitos humanos”.

Prejuízo

Torresi alegou ter perdido R$ 400 mil ao cair no golpe orquestrado por Tomaz. Alves de Jesus disse que teve prejuízo de R$ 15 mil no esquema. Já os dois PMs argumentaram que apenas acompanharam os empresários e que efetuaram disparos contra o veículo para se defender. 

Todos os quatro negam a intenção de matar. No entanto, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a prisão em flagrante no dia do atentado, a BMW blindada de Tomaz exibia ao menos 20 disparos. 

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A 5ª Promotoria de Justiça de Atibaia sustenta na denúncia que Torresi e Alves de Jesus agiram por vingança e que Alves e Mota tentaram “dar ares de legitimidade a suas ações”, segundo a Ponte.

O golpe da ArbCrypto 

Enéas Tomaz era sócio da ArbCrypto, uma empresa que dizia criar soluções de tecnologia focada no desenvolvimento de ferramentas especiais para o mercado de criptomoedas.

Em 2019, o esquema prometia lucros exorbitantes por meio da arbitragem de bitcoin com rendimentos que chegavam a 2,5% ao dia.

Até mesmo o Cafu, ex-capitão da Seleção Brasileira de Futebol, chegou a promover o negócio que se revelou mais tarde como um golpe, deixando de pagar vários clientes ao redor do Brasil.

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Atualmente, Tomaz é parte de uma ação civil que corre no Tribunal de Justiça de Goiás. No processo, também são citados Alexandre Cesário Kwok e Marcos Evangelista de Morais.

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