Pessoas formam um círculo para mostrar seu bitcoin uns aos outros
Foto: Shutterstock

Cerca de 17% da oferta total de bitcoins em circulação é agora mantida por investidores individuais, de acordo com dados da empresa de análise Glassnode.

“Ainda não é perfeito, mas é um cenário sólido para um ativo de 12 anos e definitivamente inclinando na direção certa”, tweetou Will Clemente, analista da Reflexivity Research, em resposta aos dados. “O estoque de bitcoin se dispersa com o tempo, enquanto a base de detentores de moedas fiduciárias se concentra nas baleias ao longo do tempo”.

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Um gráfico da Glassnode compartilhado por Clemente mostra a porcentagem de oferta de Bitcoin mantida por pequenos investidores em uma crescente constante desde 2011. A Glassnode define investidores “pequenos” ou “individuais” como investidores com menos de 10 BTCs em uma carteira, atualmente no valor de quase US$ 169 mil.

Os dados da IntoTheBlock — outra empresa de inteligência em blockchain — parecem confirmar isso. A página da empresa sobre a distribuição dos investimentos em Bitcoin mostra que endereços os quais possuem de 0 a 10 BTCs representam 17,3% da oferta total do Bitcoin.

Este valor se manteve em menos de 12% no início de 2020, mas começou a crescer exponencialmente em 2022. Outros períodos de forte acumulação desses investidores incluíram o final de 2013 até o início de 2014, bem como o final de 2017 — cada período de mercado em alta tardia/baixa inicial para o Bitcoin. 

A Glassnode definiu anteriormente “entidades” como proprietários distintos de Bitcoin, incluindo clusters de endereços blockchain que presumivelmente poderiam pertencer ao mesmo proprietário. Em fevereiro de 2021, descobriram que as entidades com menos de 10 BTCs representaram 13,9% da oferta, um número que “tem crescido ao longo da existência do Bitcoin.”

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O Bitcoin tem sido frequentemente criticado por sua concentração significativa de propriedade, o que alguns acreditam que pode prejudicar a descentralização tão defendida por quem apoia a criptomoeda. Em novembro de 2020, a Bloomberg alegou que apenas 2% das contas controlavam 95% de todo o Bitcoin.

No entanto, como a Glassnode indicou em uma resposta direta, esse número não levou em conta a diferença entre indivíduos e endereços de carteira—incluindo endereços de câmbio, que podem conter Bitcoin em nome de milhares ou mesmo milhões de usuários distintos.

O Bitcoin também parece ter uma distribuição de oferta mais uniforme em diversos níveis do que as outras principais criptomoedas, incluindo Ethereum e Dogecoin. Segundo o CoinMarketCap, cerca de 64% do DOGE e 38% da ETH são mantidos por endereços com pelo menos 0,1% da oferta total, em comparação com apenas 9% de todo o Bitcoin.

Enquanto isso, dados adicionais da IntoTheBlock mostram que os proprietários de mais de 100 BTCs representam uma parcela cada vez menor da propriedade total ao longo do tempo — 69,5% em 2013 contra 59,8% hoje.

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*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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