simbolo do ethereum no vermelho
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Ray Youssef, o CEO da plataforma P2P de criptomoedas Paxful, vestiu de vez a camisa de maximalista do Bitcoin ao tomar a radical decisão de retirar Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo, da plataforma.

Em uma carta enviada nesta quarta-feira (21) para os 11 milhões de clientes da Paxful, Youssef explicou as motivações por trás da sua decisão, exaltando sua visão do Bitcoin como a principal e mais importante criptomoeda do setor.

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Ele diz que, embora o Ethereum tenha mostrado “alguma” utilidade em casos de uso real, o ecossistema prosperou por causa da tokenização que abriu a porta para que golpes prejudicassem milhares de pessoas. Youssef acusa o Ethereum de “roubar” um momento valioso do Bitcoin que “custou anos” na missão de espalhar a moeda pelo mundo.

Essa é uma das três falhas principais que Youssef enxerga no protocolo do Ethereum. A segunda é baixa descentralização. O executivo afirma que o Ethereum é “controlado por um pequeno grupo de pessoas” que um dia determinará quem poderá ou não usar a criptomoeda.

Acusações contra o Ethereum

Para fechar a lista, Youssef apontou como prejudicial a troca do mecanismo de consenso do Ethereum, que migrou da prova de trabalho (PoW) — sistema ainda usado pelo Bitcoin — para a prova de participação (PoS) durante a atualização Merge de setembro deste ano.

“A prova de trabalho é a inovação que torna o Bitcoin o único dinheiro honesto que existe, enquanto a prova de participação tornou o ETH essencialmente uma forma digital de moeda fiduciária”, opina Youssef.

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Por essas razões listadas por ele, a Paxful deixou de oferecer ether no seu marketplace peer-to-peer que permite que pessoas comprem e vendam criptomoedas diretamente umas com as outras. A Paxful ganhou força especialmente em países emergentes onde corretoras centralizadas enfrentam dificuldades em se estabelecer, como a Nigéria, por exemplo.

“Não somos perfeitos, mas sempre faremos a coisa certa, mesmo que isso não seja popular e nos custe dinheiro”, disse Youseff, repetindo que embora a receita seja importante, “a integridade está acima de tudo”.

O e-mail completo enviado pelo CEO da Paxful para os clientes da plataforma (Fonte: Reprodução/Twitter)
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