Autoridades da província sul-coreana de Gyeonggi realizaram uma das maiores apreensões de impostos do país. A investigação de meses levou ao confisco de US$ 47 milhões em Ethereum, Bitcoin e outras criptomoedas, de acordo com o Financial Times. As autoridades classificaram o evento como a maior “apreensão de criptomoedas para impostos atrasados na história da Coreia”.
Gyeonggi é a província mais populosa da Coreia do Sul e inclui a capital do país, Seul.
As autoridades apreenderam fundos de 12.000 sonegadores de impostos, conectando suas atividades nas bolsas de criptomoedas com seus números de telefone. Os investigadores tiveram que analisar esses dados manualmente porque muitas bolsas não coletaram a identificação formal dos titulares das contas. Não está claro quais exchanges foram incluídas na investigação.
Repressão regulatória da Coreia do Sul
A falta de identificação formal do KYC nas bolsas tem sido um dos principais fatores por trás da mais recente repressão regulatória da Coréia do Sul.
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Em março de 2020, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou uma lei exigindo que as bolsas locais cumpram as diretrizes de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo da Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF). As empresas de criptomoedas, principalmente as bolsas, também devem obter a aprovação da Comissão de Serviços Financeiros (FSC) e da Agência de Segurança e Internet da Coreia antes de 24 de setembro de 2021.
Esta lei inclui novos requisitos para identificar usuários, bem como clareza sobre quais ativos podem ser listados. Se a moeda de um projeto tiver baixo volume, desenvolvimento inativo ou não tiver um canal claro de comunicação com sua equipe, ela está sujeita a exclusão.
A Upbit, uma das “quatro grandes” bolsas de criptomoedas da Coréia do Sul, já começou a retirar várias moedas. A plataforma também foi uma das primeiras a ganhar uma licença regulatória para continuar operando na Coreia do Sul.
Quanto às bolsas menores, o cumprimento tem sido difícil. Isso ocorre porque as plataformas devem ser parceiras de um banco para obter sua licença. Os bancos, no entanto, têm relutado em se associar às corretoras de criptomoedas, criando o que uma operadora de bolsa chamou de “crise existencial”.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co