Imagem da matéria: Vídeo: GAS Consultoria tenta pressionar Justiça em mensagem sobre pagamentos
Glaidson Acácio dos Santos, fundador da Gas Consultoria. (Foto: Reprodução)

A GAS Consultoria divulgou na segunda-feira (8) um vídeo no qual propõe tenta pressionar as autoridades para liberar o criador da empresa, Glaidson Acácio dos Santos.

No comunicado, dois apresentadores leem uma carta do escritório de advocacia Nélio Machado, responsável pela defesa da GAS. Segundo a mensagem, o fato de Glaidson estar preso dificulta um acordo e a própria liberação do dinheiro.

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“A defesa ressalta ainda que, no seu entender, a prisão de Glaidson, além de desnecessária, torna bem mais difícil a tarefa de buscar solução consensual junto às autoridades, dadas às condições sabidamente precárias de comunicação que resultam da situação prisional”, afirma.

Não fica claro qual o motivo de as condições de comunicação serem difíceis. Glaidson tem pleno acesso à sua equipe de defesa, que atua como procuradora em seu nome e pode procurar as autoridades qualquer hora do dia e da noite.

No vídeo, a defesa diz que Glaidson é inocente, mas que cogita um acordo para resolver a situação.

“Considerando que o tempo da Justiça é muito diferente do tempo da necessidade de seus clientes, [a GAS COnsultoria] não está se furtando a realizar entendimentos com as autoridades responsáveis pela investigação com o objetivo de solucionar o problema da maneira mais rápida”.

No fim, a empresa pede força e orações aos seus clientes, afirmando que esse é um momento passageiro e que tudo será “apenas lembrança” em breve.

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Veja abaixo o vídeo:

Indiciado por tentativa de homicídio

Glaidson não enfrenta acusações apenas de crimes financeiros. A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou no dia 27 de outubro o indiciamento do dono da GAS por tentativa de homicídio. O “Faraó do Bitcoin”, é suspeito de encomendar o assassinato de Nilson Alves da Silva em março deste ano.

Ambos eram concorrentes no mercado de captação de dinheiro com alegação de que iriam investir em criptomoedas. “Nilsinho”, como é conhecida a vítima, teria dito para as pessoas tirarem o dinheiro da GAS Consultoria e passarem para ele.

O ataque ocorreu no dia 20 de março deste ano, quando um carro parou ao lado do veículo de Nilson durante o sinal fechado de um semáforo. Os quatro homens supostamente contratados pelo “Faraó” fizeram seis disparos. Nilson foi atingido e está cego e paraplégico por conta do atentado.

Caso GAS Consultoria nos tribunais

No dia 26 de outubro, por 2 votos a 1, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou mais um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-garçom. Ele é suspeito de pirâmide financeira com criptomoedas e réu em processo que apura crimes contra o sistema financeiro nacional.

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Segundo publicação do TRF2, um dos argumentos dos magistrados, do desembargador Flávio Lucas, para negar a soltura de Glaidon, é a “possibilidade real” de fuga do réu, já que ele tem “recursos e estrutura para se estabelecer fora do país”.

Este já é o terceiro pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Glaidson, que está preso desde agosto sob acusações de crime contra o sistema financeiro nacional, supostamente aplicado a partir de sua empresa GAS Consultoria. O negócio é conhecido em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, por oferecer controversos contratos de investimentos em criptomoedas.

A Polícia Federal, a CVM e o Ministério Público, juntaram documentos apreendidos na operação Kryptos e a Justiça o tornou réu no início deste mês, juntamente com mais 16 acusados. Sua esposa Mirelis Zarpa, provável cabeça do negócio que prometia 10% de rendimentos ao mês, ainda está foragida.

Na ocasião da prisão de Glaidson e demais suspeitos, os agentes da PF e Receita Federal apreenderam 591 bitcoins, avaliados na cotação atual em cerca de R$ 195 milhões, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.

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