A Autoridade Monetária de Singapura (MAS, na sigla em inglês), responsável por regular serviços financeiros do país, pediu que empresas cripto parem de promover seus produtos ao público.
As empresas de tokens de pagamento digital (DPT), conforme Singapura as descreve, “não devem retratar a negociação de DPTs [criptomoedas] de uma forma que trivialize os altos riscos de negociar e não devem promover seus serviços de DPT em áreas públicas em Singapura ou por meio de qualquer outro meio midiático direcionado ao público geral em Singapura”, afirmou o órgão regulador.
“O público não deve ser incentivado a interagir com a negociação de DPTs”, acrescentou.
A conclusão dessa decisão é que empresas cripto só promovam seus serviços em seus próprios sites, aplicativos móveis ou contas oficiais em redes sociais.
Empresas cripto também foram alertadas a não interagir com terceiros, como “influenciadores de redes sociais” para promoverem seus serviços.
Na semana passada, Kim Kardashian, Floyd Mayweather e Paul Pierce foram processados nos EUA por promover Ethereum Max em 2021.
Esta não foi a primeira vez que a reguladora singapurense reprime a indústria cripto e está longe de ser uma novidade que anúncios relacionados a criptomoedas são alvo de críticas.
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Singapura, cripto e propaganda
Em 2021, a MAS entrou em batalha contra a corretora de criptomoedas Binance.
Após confirmar em agosto que a corretora cripto não estava licenciada a operar no país, os reguladores informaram que um “número significativo de empresas parecidas falharam em ser licenciadas”. Depois disso, o órgão colocou a Binance em sua Lista de Alerta a Investidores.
Em dezembro, a Binance removeu sua solicitação de obter uma licença no país.
Mas controvérsias em torno de propagandas relacionadas a cripto ultrapassaram as fronteiras de Singapura. No Reino Unido, a Autoridade de Padrões de Propaganda (ASA) reprimiu bastante as iniciativas de anúncios publicitários da indústria. Apenas nos últimos dois meses, a ASA baniu anúncios cripto da Coinbase, Papa John’s e eToro, Crypto.com e Arsenal FC.
Já na Espanha, os influenciadores digitais serão obrigados a pedir permissão dos reguladores antes de promover qualquer criptomoeda.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.