A Polícia Federal oficializou na terça-feira (28) a criação da Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos. O time atuará em ações voltadas à atuação investigativa formal de casos sensíveis e complexos envolvendo crimes de alta tecnologia.
Outro objetivo dos investigadores é entender a estrutura e o modo de atuação das organizações criminosas, fomentando conhecimentos que serão disseminados entre as regionais da Polícia Federal. “Com sua criação, as instituições esperam tornar o espaço cibernético mais seguro, reforçando a cooperação e integração de todos os entes envolvidos”, afirma a instituição em comunicado.
Segundo comunicado para a imprensa, a instalação segue as diretrizes das ações estratégicas do Ministério da Justiça e Segurança Pública no enfrentamento à criminalidade cibernética.
O Diretor-Geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, em discurso na cerimônia oficial de implementação da unidade, disse que PF tem feito frente rigorosa a esses crimes, investigando e chegando aos autores por meio da união das forças.
“A gente acredita firmemente que essa parceria público-privada será muito promissora e dará ótimos frutos. Apostamos muito neste novo método de atuação e nesta conjugação de esforços, temos certeza que seremos bem sucedidos”, disse Oliveira.
Ministério público também organiza unidade
No início de junho, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) criaram a “Unidade Especial de Cryptoativos (Crypto)”, criada para investigar crimes, estudar a evolução da tecnologia dos ativos digitais e os seus impactos no campo jurídico. Segundo comunicado do órgão, “trata-se da primeira unidade especial de cryptoativos do Ministério Público Brasileiro e de outras instituições do país”.
Uma das frentes de atuação do grupo é investigar o uso de ativos digitais por organizações criminosas na lavagem de dinheiro e outros crimes.
Caberá à ‘Unidade Especial de Cryptoativos’, entre outras atribuições: elaborar treinamentos e manuais para os integrantes do Ministério Público, Poder Judiciário e Polícias; promover ações informativas que orientem a população do DF e do restante do país sobre o uso seguro dos criptoativos; e prestar suporte a promotores de Justiça do MPDFT em demandas envolvendo ativos digitais.
“A unidade também prestará apoio a outros Ministérios Públicos e Polícias em ações relacionadas a cryptoativos, além de gerenciar e operar ferramentas de rastreamento e monitoramento de ativos nas blockchains eventualmente adquiridas pelo MPDFT”, ressalta o MPDFT.
A ação é fruto do trabalho de apuração da evolução tecnológica relacionada a criptoativos e seus impactos de natureza jurídica, feita por um grupo de trabalho, instituído em setembro do ano passado pela Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec).