Changpeng "CZ" Zhao, CEO da Binance
Changpeng “CZ” Zhao, CEO da Binance (Foto: Piaras Ó Mídheach/Web Summit)

O que começou como um ato de boa vontade do fundador da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, para ajudar as vítimas do golpe da memecoin LIBRA, promovida pelo presidente da Argentina, Javier Milei, tomou um rumo inesperado quando Zhao recebeu mais criptomoedas do que havia doado inicialmente.

Na terça-feira (18), Zhao prometeu doar 150 BNB — cerca de US$ 100 mil (R$ 570 mil) — para apoiar aqueles afetados pelo colapso da polêmica moeda LIBRA, depois que um estudante universitário, EnHeng, iniciou uma arrecadação de fundos para ajudar as vítimas.

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No entanto, a decisão de Zhao de compartilhar publicamente o endereço de sua doação levou a um influxo de criptomoedas adicionais para o mesmo endereço, superando sua contribuição inicial.

EnHeng, comovido pelas devastadoras perdas causadas pela criptomoeda LIBRA, promovida pelo presidente da Argentina, que afetou mais de 40.000 investidores e resultou em mais de US$ 4 bilhões em prejuízos, anunciou sua própria doação de US$ 50.000.

“Quando você tenta ganhar dinheiro rápido, muitas vezes perde”, brincou Zhao no X. “Quando você doa dinheiro, recebe mais de volta.”

Apesar do aumento das doações, Zhao deixou claro que não ficaria com nenhum dos fundos adicionais.

“Não vou ficar com um satoshi sequer”, esclareceu Zhao em seu tweet, dizendo que doaria as criptomoedas extras para continuar ajudando as vítimas, especialmente aquelas afetadas por outras memecoins como TST e Broccoli, esta última inspirada no cachorro de estimação de CZ.

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Zhao também alertou seus seguidores para não interpretarem suas ações como um endosso aos tokens envolvidos.

O golpe da LIBRA: um endosso presidencial leva ao caos financeiro

Na última sexta-feira, o lançamento do token LIBRA gerou controvérsias depois que o presidente argentino, Javier Milei, o endossou publicamente em sua conta no X.

A promoção fez com que o valor da moeda disparasse, atingindo um valor de mercado superior a US$ 4 bilhões poucas horas após seu lançamento.

Inicialmente, Milei promoveu a LIBRA como um projeto para ajudar a financiar pequenos negócios argentinos e impulsionar a economia nacional, vinculando-a à iniciativa “Viva La Libertad”.

Mas a empolgação durou pouco. Poucas horas depois, o token despencou mais de 91%, causando enormes prejuízos para os investidores — alguns perderam todas as suas economias.

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Após o colapso da moeda, Milei apagou sua publicação e negou qualquer envolvimento com o projeto, alegando que havia sido mal informado e não tinha conhecimento completo dos detalhes.

Foram apresentadas acusações de fraude contra Milei e a equipe por trás do token, acusando-os de participação em um esquema fraudulento de grande escala.

Uma análise on-chain revelou que uma única entidade controlava 82% do suprimento da LIBRA, aumentando as suspeitas de manipulação de mercado.

Plataformas como Jupiter e Meteora, que forneceram suporte técnico para a LIBRA, estão sob escrutínio, com Ben Chow, cofundador da Meteora, renunciando em meio a alegações de negociação com informações privilegiadas e má conduta após o colapso do token.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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