A capitalização total de mercado da indústria de criptomoedas caiu quase 4% em meio à contínua invasão da Rússia à Ucrânia.
O Bitcoin (BTC) também caiu 4,5% nas últimas 24 horas, caindo de quase US$ 44 mil para US$ 41,1 mil na manhã desta sexta-feira (4). A principal criptomoeda do mercado recuperou parte dessa queda e, agora, está negociada a US$ 41,6 mil, de acordo com dados obtidos do site CoinGecko.
Ethereum (ETH) caiu 6% após ter quase ultrapassado o importante nível psicológico de US$ 3 mil na tarde de quinta-feira (3). Desde então, a plataforma de contratos autônomos perdeu pontos ao longo da madrugada e, neste momento, está sendo negociado a US$ 2,7 mil.
Essas perdas surgem após ambos os ativos terem se recuperado de quedas ainda mais drásticas no fim do mês passado. Em 24 de fevereiro, o bitcoin havia despencado para US$ 34 mil; ether, US$ 2,3 mil.
Outras criptomoedas também não tiveram sorte. Dentre as dez principais criptomoedas, solana (SOL) foi o ativo mais afetado, pois seu token nativo caiu quase 8% no último dia e, agora, está sendo negociado a US$ 92.
Já Polkadot (DOT) e Avalanche (AVAX), dois ativos de populares blockchains adversárias do Ethereum, também caíram. Ambas as criptomoedas despencaram 5,9% e 2%, respectivamente.
Populares ações de empresas envolvidas com cripto, como Coinbase, PayPal e Block, também não estão favorecendo seus investidores. Coinbase (COIN) caiu mais de 8%; Block (SQ), 8%; PayPal (PYPL), 5%.
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Mercado cripto reage à invasão da Rússia
A invasão da Rússia à Ucrânia causou estragos no mercado cripto.
Além da baixa ação de preço, os acontecimentos também geraram pedidos para que corretoras cripto auxiliassem nas amplas sanções financeiras à Rússia.
Esta semana, a ex-candidata à presidência dos EUA Hillary Clinton, por exemplo, disse estar “decepcionada” que corretoras cripto não estavam fazendo muito para bloquear o acesso de seus usuários russos.
“Fiquei decepcionada em ver que algumas das chamadas corretoras de criptomoedas (não todas, mas algumas) estão se recusando a finalizar transações com a Rússia”, disse Clinton em uma entrevista recente ao The Rachel Maddow Show na MSNBC.
Em meio a esses pedidos, Coinbase, Binance e Kraken decidiram não banir usuários russos completamente, afirmando que não possuem bases jurídicas para fazê-lo.
No entanto, a Binance baniu cidadãos individuais de usarem a plataforma. Em entrevista à BBC na quarta-feira (2), Changpeng Zhao (ou CZ), CEO da Binance, disse não saber quantas contas foram banidas em sua plataforma.
*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.