Imagem da matéria: China condena quadrilha que arrecadou R$ 10 bilhões com pirâmide de criptomoedas
Bitcoin e Yuan (Foto: Shutterstock)

A Justiça chinesa condenou os responsáveis pelo esquema fraudulento com criptomoedas ‘Plustoken’ a até 11 anos de prisão, segundo publicação do South China Morning Post na terça-feira (01). Considerado um dos maiores golpes de pirâmide no país, a fraude envolveu milhões de vítimas e um prejuízo estimado em aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,5 bilhões).

A sentença foi proferida no tribunal de Yancheng, que fica na província de Jiangsu. De acordo com o site, além das prisões, o criador do negócio, Chen Bo, seu sócio Chen Tao e outros 13 réus vão ter que pagar multas que variam o equivalente de R$ 100 mil a R$ 5 milhões.

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Para se ter uma ideia da ousadia de Bo e seus cúmplices, o esquema da Plustoken na China arrecadou cerca de 1% de todos os bitcoins que já foram minerados até hoje — cerca de 195.000 BTCs, dada sua atual escassez de pouco mais de 18, 5 milhões de unidades.

O golpe arrecadou também 0,73% do do total de Ether existentes e  5% de todo o DODGE em circulação também, além de EOS, Dash e XRP (Ripple).

Pirâmide Plustoken

A PlusToken apareceu primeiramente como uma empresa de investimentos na Coreia do Sul e depois passou a servir como carteira de criptomoedas que gerava rendimentos automáticos.

Como todo esquema de pirâmide uma hora quebra, a Plustoken começou em 2018 e quebrou em meados de 2019 e seus responsáveis foram presos em junho deste ano, juntamente com mais de 100 suspeitos de participação na fraude. Eles estavam espalhados em vários países da Ásia.

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O golpe era um aplicativo que prometia rendimentos em criptomoedas por meio de arbitragem, porém o sistema era manipulado para mostrar os ganhos fictícios. Para entrar no sistema, era necessário depositar US$ 500. Para ter maiores lucros, os líderes estimulam os novos entrantes a chamar mais pessoas e assim aumentar a rede.

Outro golpe bilionário

Em outubro, a Justiça chinesa também condenou quatro pessoas acusadas de aplicar um golpe semelhante ao Plustoken, chamado  ‘WoToken’, cujo prejuízo às vítimas bateu a casa de US$ 1,1 bilhão. Só em bitcoin, por exemplo, foram 46.050 BTCs.

Os condenados — Gao Yudong, Li Qibing, Wang Xiaoying e Tian Bo — tentavam se livrar através de um recurso que acabou sendo negado também na corte de Yancheng. Com a decisão, os estelionatários que lesaram mais 700 mil pessoas terão que cumprir penas de até 8 anos de prisão.

A promessa era a mesma: lucro fácil através de operações no mercado de criptomoedas onde um robô de arbitragem fazia todo o trabalho.

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Brasil teve esquema parecido

Em outubro de 2019, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal desmantelaram a Unick Forex, acusada de ser uma das maiores pirâmides financeiras do Brasil.

Na época, a denúncia do MPF afirmou que Unick Forex captou R$ 29 bilhões de 1,5 milhão de pessoas.

A Unick também dizia operar no mercado de criptomoedas e forex, prometendo retornos de até 1,5% ao dia através de suas operações. Assim como a PlusToken, a Unick oferecia bônus para os investidores que trouxessem novos investidores para investir no esquema.

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