Na terça-feira (16), pela primeira vez na história, o preço do bitcoin rompeu a barreira dos US$ 50 mil, deixando milhares de investidores felizes da vida. No Brasil, segundo o Índice do Preço do Bitcoin, a criptomoeda é negociada acima dos R$ 283 mil nas principais exchanges.
Entrada de novos players, anúncios governamentais e até tweets foram alguns dos fatos recentes que colaboraram para a disparada da criptomoeda, que neste ano valorizou pouco mais de 70% e alcançou US$ 930 bilhões em valor de mercado.
A reportagem do Portal do Bitcon elenca abaixo alguns dos principais motivos.
1. MicroStrategy investe de novo em BTC
A empresa de bussiness inteligence MicroStrategy, que desde o ano passado aloca recursos em bitcoin, afirmou nesta terça-feira (16) que pretende adquirir mais US$ 600 milhões em BTC. O anúncio fez o valor da criptomoeda valorizar 3,5% em 24 horas.
A companhia de Michael Saylor, que foi uma das primeiras do mercado tradicional a apostar na criptomoeda, já tem 71,079 BTC, o equivalente a US$ 3,5 bilhões.
2. Efeito Elon Musk
A Tesla comprou US$ 1,5 bilhão em bitcoin, de acordo um documento divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) no início deste mês. A moeda valorizou US$ 44 mil assim que a informação se tornou pública.
Além do anúncio da SEC, desde o início do ano o CEO da empresa, Elon Musk, vem promovendo a criptomoeda. O simples fato de ele ter inserido a palavra “bitcoin” na bio de seu perfil no Twitter fez o BTC disparar 20% em poucos minutos. Ele já tirou a palavra da descrição da rede social.
3. PayPal no Reino Unido
Jonathan Auerbach, executivo da gigante de pagamento PayPal, afirmou no sábado (13) que a empresa planeja expandir a oferta de criptomoedas para o Reino Unido ainda em 2021. Até agora, somente clientes dos Estados Unidos podem comprar e vender bitcoin na plataforma da empresa.
O anúncio aproxima as criptomoedas dos mais de 26 milhões de comerciantes que utilizam o PayPal em todo o mundo.
4. Pagar Uber com cripto
O CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, disse na quinta-feira (11) que pode começar a aceitar bitcoins e altcoins em breve. “Assim como aceitamos todos os tipos de moeda local, vamos analisar a criptomoeda e/ou bitcoin em termos de moeda para transações. Isso é bom para os negócios e é bom para nossos passageiros”, falou à CNBC.
A empresa está presente em mais de 10 mil cidades e tem cerca de 103 milhões de usuários em todo o mundo, segundo seu site institucional.
5. Banco mais antigo dos EUA abraça BTC
De acordo com reportagem publicada na semana passada pelo Wall Street Journal, o BNY Mellon – considerado o banco mais antigo do continente americano — irá oferecer um serviço de gestão de bitcoin e outras criptomoedas para seus clientes.
A instituição financeira, segundo a matéria, irá permitir que as criptomoedas sejam transacionadas pelos mesmos sistemas de suas moedas fiduciárias e ações tradicionais.
6. Visa e Mastercard
A Visa e a Mastercard também deram sinais que, em breve, aceitarão bitcoin e altcoins. Na quarta-feira (10), a Mastercard disse que “começará a oferecer suporte a criptomoedas selecionadas” em 2021.
Já no final do mês passado, durante uma teleconfência, o CEO da companhia, Alfred Kelly, falou que pode adicionar ativos digitais a sua rede de pagamentos, que já conta com 160 moedas fiduciárias.
7. Governo de Miami adota bitcoin
Não só empresas, mas governos também estão apostando no bitcoin. Na quinta-feira (11), o prefeito de Miami (EUA), Francis Suarez, anunciou que a cidade aprovou a adoção da criptomoeda no funcionalismo público. A proposta prevê pagamento de funcionários do governo em BTC e a possibilidade de fazer investimentos e receber imposto em BTC.
8. Biden escolhe fã do bitcoin para SEC
A confirmação da vitória de Jon Biden para a presidência dos Estados Unidos também ajudou a inflar o preço do bitcoin nos primeiros meses do ano. Um dos motivos é que o democrata escolheu o professor pró-bitcoin Gary Gensler para comandar a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Além disso, em menos de 24 horas depois da posse Biden determinou a paralisação de um projeto da Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN) que não foi bem recebido pelos integrantes do mercado de criptoativos. A proposta invadia a privacidade de investimentos de ativos digitais.