Ronadinho Gaúcho é fotografado de óculos escuros
(Foto: Shutterstock)

Ronaldinho Gaúcho mais uma vez não compareceu à CPI das Pirâmides Financeiras e agora os deputados irão à Justiça tentar uma condução coercitiva para o ex-jogador. Após a ausência na sessão da última terça-feira, a comissão esperava o depoimento dele na manhã desta quinta-feira (24), mas o “bruxo” não se fez presente.

Na abertura da sessão, o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), informou que o advogado de Ronaldinho estava presente e que a informação que tinha, até pouco antes do início, era de que o ex-jogador iria prestar depoimento. 

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Porém, Ronaldinho pediu para que o ato fosse adiado. O deputado não concordou. Ribeiro disse que agora a CPI irá buscar na Justiça um pedido de condução coercitiva para que o ex-atleta seja obrigado a se fazer presente na comissão.

O relator Ricardo Silva (PSD/SP) informou que Ronaldinho deu como justificativa para sua falta a ausência de voos de Porto Alegre para a Brasília que fossem compatíveis com os horários.

No entanto, o parlamentar citou que diversos voos chegaram da capital gaúcha à capital do país na manhã desta quinta-feira (24). Além disso, Silva afirmou que a lei não prevê uma suposta falta de voos como justificativa e que o ex-jogador deveria ter se planejado.

Porém, a família de Ronaldinho se faz presente. Seu irmão e empresário, Roberto de Assis, foi convocado e está prestando depoimento neste instante.

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Ronaldinho falta à CPI

A possibilidade de uma condução coercitiva já havia sido levantada por Aureo Robeiro na terça-feira (22) após Ronaldinho se ausentar de depoimento na CPI pela primeira vez.

Aureo havia aberto os trabalhos da CPI afirmando que Ronaldinho obteve um Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal que lhe garantia o direito de ficar em silêncio, mas não de também sequer se fazer presente. 

Caso não compareça, agirei nos termos do artigo 3º da Lei 1.579 no sentido de viabilizar a condução coercitiva”, disse o deputado.

Por que Ronaldinho foi chamado para a CPI?

Ronaldinho e o irmão foram convocados na condição de representantes da empresa 18K. O ex-jogador é fundador e sócio-proprietário da empresa.

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“A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”, informa o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que pediu a oitiva com o jogador.

Reportagem do Portal do Bitcoin detalhou como a companhia prometia retornos de até 400% em menos de um ano com investimentos em criptomoedas. 

Em outubro de 2019, Ronaldinho prestou depoimento ao Ministério Público de São Paulo (MPE-SP), na cidade de Barueri, como testemunha no caso. Os promotores receberam uma denúncia de prática de pirâmide e a empresa passou a ser investigada por oferecer rendimentos de até 2% ao dia.

Ronaldinho Gaúcho afirma que teve sua imagem usada indevidamente e que
também teria sido lesado. Mas Silva lembra que, em 2020, “Ronaldinho se
tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores”.

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