gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss
Tyler e Cameron Winklevoss, fundadores da Gemini (Foto: Shutterstock)

A procuradoria-geral de Nova York apresentou nesta quinta-feira (19) uma ação judicial contra a Gemini, corretora de criptomoedas dos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, a Genesis Capital e o Digital Currency Group, por uma suposta fraude de US$ 1 bilhão aplicada nos investidores através de seus serviços de rendimentos.

Além das empresas, dois executivos também são alvos diretos da ação judicial: o ex-CEO da Genesis, Michael Moro, e o CEO da DCG, Barry Silbert.

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De acordo com o The New York Times, a procuradora-geral Letitia James acusa na ação a Gemini de mentir para os investidores sobre os perigos do Gemini Earn, um programa feito em parceria com a Genesis que prometia pagar aos investidores um rendimento de até 8% sobre os empréstimos de suas criptomoedas à Genesis.

O programa chegou ao fim sem entregar os rendimentos prometidos aos clientes logo após o colapso em novembro passado da FTX, exchange de Sam-Bankman Fried.

A acusação de hoje da procuradora-geral de Nova York trouxe documentos internos da Gemini que mostram que meses depois do serviço de rendimentos estrear em 2021, as equipes de análise já consideravam a oferta “muito arriscada”, bem como sabiam que os empréstimos à Genesis eram posteriormente emprestados a terceiros, incluindo Three Arrows Capital e Alameda Research, que vieram a falir.

Segundo os promotores, a Gemini falhou em compartilhar essas informações de risco com seus investidores, “deixando pelo menos 29 mil nova-iorquinos e centenas de milhares de outras pessoas em todo o país no escuro sobre os perigos para seus ativos”, diz a denúncia.

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As acusações contra Genesis e o Digital Currency Group

A ação também acusa a Genesis e o Digital Currency Group (que controla a Genesis) de tentar ocultar as perdas para a Gemini e investidores do programa Earn.

Como aponta o The Block, o processo afirma que quando várias falências no setor causaram inadimplências à Genesis, o caixa da empresa ficou com um déficit de US$ 1 bilhão. A DCG se comprometeu em encobrir esse rombo, mas fez apenas uma nota promissória para sua subsidiária.

Em meio as acusações contra as três empresas, a procuradoria-geral de Nova York pede agora que os acusados sejam proibidos de se envolver na venda de títulos e commodities no estado de Nova York, paguem multas e renunciem aos lucros obtidos com as atividades.

“Essa fraude é mais um exemplo de maus atores causando prejuízos em toda a indústria de criptomoedas pouco regulamentada. Meu escritório continuará nossos esforços para impedir empresas de criptomoedas enganosas e pressionar por regulamentações mais rígidas para proteger todos os investidores”, disse a procuradora James em comunicado.

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