moedas de bitcoin e ethereum sobre mesa envernizada
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Traders de criptomoedas pisam no freio nesta terça-feira (9) depois do rali do Ethereum durante a madrugada, em linha com o clima de cautela de investidores de ações, que ajustam estratégias antes da divulgação de dados da inflação dos EUA amanhã (10).

Bitcoin cai 2,3% em 24 horas, para US$ 70.613,61, segundo dados do Coingecko.   

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Em reais, o BTC perde 1,9%, negociado a R$ 356.623,07, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB). 

Após subir 8,5% nas negociações na Ásia, o Ethereum (ETH) anda de lado, cotado a US$ 3.634,10. 

Enquanto alguns analistas apontaram possíveis conversas entre reguladores dos EUA e gestoras que buscam lançar um fundo com exposição direta ao Ethereum, outros dizem que os ganhos podem ter sido puxados pelo interesse no novo protocolo de finanças descentralizadas Ethena.

Outras altcoins vão em direções opostas nesta terça, entre elas BNB (-2,5%), XRP (+0,1%), Solana (-4,6%), Cardano (-0,4%), Dogecoin (-5%), TRON (-0,1%), Chainlink (-3,9%), Avalanche (-3,8%), Polkadot (-0,7%), Polygon (+0,6%) e Shiba Inu (-2,8%).

Toncoin (TON) é destaque e dispara 23,7% em 24 horas.

Bitcoin hoje

O Bitcoin chegou a ultrapassar a marca de US$ 72 mil pela primeira vez desde meados de março na segunda-feira (8), em parte devido à expectativa para o próximo halving neste mês, que reduz pela metade as recompensas aos mineradores.

Historicamente, esse evento tem sido visto como “bullish” – com tendência de alta – para investidores de longo prazo, que embolsaram ganhos de cerca de 3.230% um ano após cada halving, de acordo com o Coingecko.

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No entanto, o rali do halving tende a durar cerca de um ano, seguido por uma grande correção nos 12 meses seguintes.

Em contraste com o otimismo de parte dos traders e analistas com o evento, um terço dos entrevistados nos EUA em uma pesquisa do Deutsche Bank disse que o preço do Bitcoin pode cair para menos de US$ 20 mil até o fim de 2024. Em fevereiro, essa parcela era de 35%, e de 36% em janeiro, mostra o levantamento compartilhado pela Reuters.

No entanto, na pesquisa do Deutsche Bank, que consultou mais de 3,6 mil consumidores, 52% dos entrevistados disseram que as criptomoedas serão uma “importante classe de ativos e método de transações de pagamento” no futuro. Menos de 40% disseram isso quando pesquisados em setembro de 2023.

Binance busca sede global para exchange

O CEO da Binance, Richard Teng, disse que a exchange tem conversado com algumas jurisdições para escolher uma sede, mas ainda não tomou uma decisão, informou o The Block.

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“A lógica por trás da governança corporativa não é tão fácil quanto apenas dizer: ‘Ah, quero escolher este país’. Há muitas considerações por trás disso. Portanto, estamos falando com algumas jurisdições agora; algumas jurisdições estão sob consideração”, disse Teng durante debate na Paris Blockchain Week, evento que começou nesta terça e termina na quinta-feira (11).

Segundo o executivo, diversos fatores pesam e precisam ser avaliados na escolha, como regulação e acordos de tributação no país.

No início do mês, a Binance nomeou um conselho de administração global, mas sem revelar qual seria a sede da empresa.

Ainda no evento em Paris, o CEO da Binance comentou a situação do chefe de compliance Tigran Gambaryan, detido na Nigéria. Sem dar detalhes, Teng afirmou que a exchange está cooperando com o governo nigeriano e se esforçando para libertar Gambaryan.

Julgamento do caso Mango Markets

Começa nesta terça o julgamento de Avraham Eisenberg, trader que drenou cerca de US$ 110 milhões em criptomoedas da exchange descentralizada (DEX) Mango Markets em outubro de 2022.

Eisenberg chegou a devolver parte das criptos roubadas após a promessa da Mango de que não seria processado, o que obviamente não ocorreu.

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Acusado de fraude e manipulação de contratos futuros e do preço do token MNGO, o destino de Eisenberg será determinado por um júri de 15 pessoas que inclui um vendedor de livros raros, um diretor musical de uma escola primária e pelo menos dois profissionais de finanças, segundo o CoinDesk.

O julgamento deve durar cerca de duas semanas.

Outros destaques desta terça

O Departamento do Tesouro dos EUA pediu ao Congresso mais poderes para fiscalizar provedores estrangeiros de serviços cripto. “Nosso problema é que os atores estão cada vez mais encontrando maneiras de esconder suas identidades e movimentar recursos usando moeda virtual”, disse o vice-secretário do Tesouro, Adewale “Wally” Adeyemo, em depoimento por escrito antes de uma audiência no Senado marcada para esta terça-feira (9).

“Uma nova ferramenta de sanções secundárias” ajudaria o Tesouro a desenvolver suas capacidades de segmentação e “levaria em conta mudanças tecnológicas que tornaram ferramentas altamente eficazes em contextos de pagamentos tradicionais menos eficazes contra moedas virtuais”, acrescentou.

No Brasil, a Receita Federal planeja abrir uma consulta pública para aprimorar o informe sobre transações com criptoativos na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, de acordo com o Relatório Anual de Fiscalização 2023-2024 compartilhado pelo Valor Investe. A atualização da Instrução Normativa 1.888/2019 tem como objetivo se alinhar ao modelo internacional CARF (Crypto-Asset Reporting Framework) elaborado pela OCDE.

“O Brasil será um dos países a fazer parte dessa rede de intercâmbio de criptoativos, em complemento às informações financeiras já intercambiadas multilateralmente com outros órgãos internacionais na busca de transparência”, diz o relatório.

A 1inch Network, uma agregadora de liquidez de exchanges descentralizadas, lançou um cartão de débito web3 em parceria com a desenvolvedora de cartões cripto Baanx e com a gigante de pagamentos Mastercard, segundo comunicado divulgado pelo CoinDesk. O cartão permitirá que usuários usem criptomoedas para compras online e presenciais e façam saques em caixas eletrônicos habilitados para a conversão de cripto em moeda fiduciária. O cartão “Crypto Life” da Baanx também é usado pela empresa de carteiras cripto Ledger.

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