Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin fica acima de US$ 30 mil enquanto Binance encolhe; ação pode penhorar bens do Faraó do Bitcoin 
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As criptomoedas começam esta segunda-feira (26) em território negativo, mas com o Bitcoin ainda acima de US$ 30 mil, enquanto os mercados acionários operam mais calmos após o fim de semana turbulento na Rússia, com a rebelião de mercenários do grupo paramilitar Wagner, que por enquanto foi controlada

Após superar US$ 31 mil na sexta-feira, o Bitcoin (BTC) é negociado em baixa de 1,1%, a US$ 30.321,56, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC recua 0,75%, para R$ 146.106,61, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) perde 1,4%, cotado a US$ 1.888,71.  

A segunda-feira também é de baixa para as principais altcoins, entre elas BNB (-1,1%), XRP (-2,4%), Cardano (-3,5%), Dogecoin (-2,4%), Solana (-1,8%), Polkadot (-0,9%), Polygon (-1,8%), Avalanche (-0,8%) e Shiba Inu (-2,8%). 

Bitcoin hoje 

forte desempenho do Bitcoin ao longo da última semana foi impulsionado principalmente pela aposta de grandes investidores institucionais no mercado de criptoativos. 

Os vários pedidos de registro de um fundo de índice (ETF) de Bitcoin à vista de gigantes como BlackRock e Invesco ajudaram a atrair capital novamente para as criptomoedas. Além disso, na sexta-feira (23), a SEC, a CVM dos EUA, deu o sinal verde para o lançamento do primeiro ETF de futuros de Bitcoin alavancado no mercado americano. 

Prova desse apetite é refletida nos fluxos para o ETF Bitcoin Strategy da ProShares, um fundo de futuros de BTC oferecido nos EUA. O ETF recebeu o maior volume de recursos semanal em mais de um ano, de US$ 65 milhões, segundo dados do analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas. 

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Joe DiPasquale, CEO da gestora de ativos cripto BitBull Capital, disse ao CoinDesk que o movimento mostra que investidores estão em busca de oportunidades a médio e longo prazo. 

“Se o Bitcoin conseguir ficar acima de US$ 30 mil por mais tempo”, é possível esperar um outro rali, diz. No lado da baixa, “US$ 27 mil, agora continua sendo um forte suporte”. 

Participação global da Binance 

A Binance sente os efeitos do escrutínio regulatório global. A participação de mercado da maior exchange cripto do mundo está perto da mínima em um ano, de acordo com dados da empresa de pesquisa Kaiko publicados pela Bloomberg

A fatia da Binance nas negociações à vista estava em 56% até 19 de junho em relação aos dois meses anteriores, mostraram dados da Kaiko. É o menor nível desde agosto passado, quando a proporção estava em 53,7%, de acordo com a empresa.  

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“As exchanges centralizadas vão ficar espremidas entre as descentralizadas e os players de finanças tradicionais entrando no mercado”, disse à Bloomberg Alex Svanevik, CEO da empresa de inteligência cripto Nansen. 

Enquanto isso, a Bélgica ordenou que a Binance encerre as operações no país e devolva os fundos de clientes. 

Já rival Coinbase, que conseguiu uma vitória na Suprema Corte dos EUA, tem perdido participação de mercado no “staking” de Ethereum, o processo pelo qual usuários “bloqueiam” a segunda maior criptomoeda para validar transações e ganhar recompensas. 

A participação da maior corretora cripto americana em staking de ETH caiu para 9,7%, o nível mais baixo desde maio de 2021, de acordo com dados da Dune e da 21Shares. Segundo o CoinDesk, é uma queda significativa em relação aos 13,6% registrados em 12 de abril, quando a atualização Shangai do Ethereum permitiu retiradas pela primeira vez. 

Bens do Faraó do Bitcoin 

O Escritório Zveiter, gestor da massa falida da GAS Consultoria, de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin“, protocolou na sexta-feira (23) uma ação para permitir que outras pessoas jurídicas e físicas, e não apenas participantes no contrato social da GAS, sejam responsabilizadas pelo pagamento dos credores, informou o jornal O Globo

Como resultado, a ação poderia permitir que os gestores da massa falida peçam a penhora de bens pessoais dos integrantes da organização liderada por Glaidson e por sua mulher, a venezuelana Mirelis Zerpa. 

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O casal, com mais 15 sócios, é acusado de aplicar um golpe de R$ 38 bilhões nos clientes, de acordo com a reportagem. 

Aliás, a esposa do Faraó agora dedica tempo às artes e à autoajuda, com uma pitada de inteligência artificial. 

Pelo menos é o que indica o canal da venezuelana no YouTube, onde ela passou a publicar vídeos de músicas, poesias e mensagens de teor motivacional, tudo gerado por programas de AI. 

Outros destaques das criptomoedas 

A B3 operou como depositária e ambiente de negociação na tokenização de uma debênture emitida por um banco com outras duas instituições financeiras no mercado secundário, conforme o Valor Econômico. A iniciativa foi um teste para o lançamento de projetos do tipo pela B3, que incluem uma plataforma para emissão, registro e negociação de ativos tokenizados, desenvolvida em parceria com a plataforma da QR Capital usando a blockchain brasileira Hathor. 

Pesquisa da empresa de prevenção de fraudes e segurança digital CAF e dados do Banco Central divulgados pelo Valor mostram que houve 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras em canais eletrônicos por minuto no Brasil apenas no primeiro trimestre de 2023. De acordo com o levantamento da CAF, de janeiro a março, 1,73% das transações digitais no sistema financeiro do país teve intenções criminosas, com as criptomoedas como um “território fértil”. 

Joseph O’Connor, um britânico que lucrou cerca de US$ 900 mil em um hack do Twitter e por meio de um esquema de troca de cartões SIM relacionado a criptos recebeu uma sentença de cinco anos de prisão de um juiz federal na sexta-feira (23), informou a Inner City Press. O’Connor, também conhecido como PlugWalkJoe nas redes sociais, orquestrou um hack contra o Twitter em 2020, sequestrando contas proeminentes na plataforma (incluindo do CoinDesk) e usando-as para promover um golpe de doação de bitcoins.  

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