Imagem da matéria: Mais de 80% do mercado brasileiro defende que governo regule criptomoedas, revela pesquisa
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Um levantamento sobre o mercado brasileiro de criptomoedas realizado pela corretora Mercado Bitcoin e pela FSB Pesquisa mostra que 81% dos entrevistados acham que uma entidade governamental deve supervisionar as corretoras de criptomoedas no Brasil.

O estudo foi feito com 180 pessoas, entre jornalistas, gestores públicos, acadêmicos, influenciadores, analistas de investimento e parlamentares. O Portal do Bitcoin teve acesso ao material.

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Entre os parlamentares, o índice dos que acreditam em supervisão é ainda maior: 87% dos congressistas entendem que as exchanges devem ter algum tipo de fiscalização do governo.

O Projeto de Lei 4.401/2021, que cria um marco regulatório para o setor, foi aprovado no Senado e está pronto para ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados. Um dos principais pontos do texto é justamente criar regulação para as corretoras.

Segundo o texto, o governo federal deverá indicar o órgão que irá regular o segmento. A expectativa do mercado é que o Banco Central seja o indicado para essa tarefa – embora a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esteja se mostrando ativa no assunto recentemente.

Além disso, o levantamento mostra ainda que 56% dos entrevistados querem um mercado de criptoativos totalmente regulado, enquanto 34% defendem uma regulação parcial. Apenas 4% querem um ercado totalmente sem regulação, enquanto outros 7% não souberam responder.

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A pesquisa também revela um indicador importante sobre os investimentos em criptoativos. Apenas 15% dos entrevistados disseram investir atualmente em criptoativos; 70% disseram nunca ter feito um investimento no setor, enquanto outros 13% disseram que já investiram, mas não aplicam mais no segmento.

Relevância do mercado para o Brasil

A pesquisa questionou os entrevistados sobre qual a relevância que consideram que o mercado de criptoativos tem para o país. Do total, 49% disseram ser relevante (19% muito relevante e 30% relevante).

Apenas 16% dizem ser nada relevante e 17% afirmam ser pouco relevante – 7% não souberam ou não responderam.

O grupo que vê mais relevância no mercado de criptoativos no Brasil é o identificado como “mercado financeiro” (consultores e analistas de investimentos dos principais bancos, corretoras e fundos de investimento do país): 33% dizem ser muito relevante e 37% afirmam ser relevante.

Blockchain mais importante do que criptoativos

A blockchain foi apontada como a área mais importante e prioritária para o futuro da economia digital brasileira, tendo sido escolhida por 41% dos entrevistados.

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Em seguida estão os criptoativos com 31%, tokens com 8%, NFTs com 3% – 16% não souberam ou não responderam e fan tokens e game tones não foram citados.

Pontos fortes e fracos das criptomoedas

A pesquisa perguntou qual era o motivo pelo qual as pessoas tinham uma imagem positiva dos criptoativos. O ponto mais citado foi a “Inovação”, com 40% dos votos, seguida de “Rentabilidade”, com 22%.

Da mesma forma, foram questionados os motivos que mais contribuem para uma imagem negativa dos criptoativos. A “Falta de Lastro” foi o tópico mais apontado, com 20% e “Insegurança” e “Falta de Regulação” vieram logo atrás com 18% dos votos.

Em um contexto mais geral, foi perguntado para cada um dos grupos qual a imagem que têm sobre criptoativos: 40% dos gestores públicos federais e 57% dos acadêmicos tem uma imagem negativa.

Do outro lado está mercado financeiro e influenciadores, com 80% e 77% de imagem positiva, respectivamente.

Tributação dos criptoativos

Outro ponto abordado na pesquisa é como os criptoativos devem ser tributados. O sistema mais apoiado, com 76% de escolha, é por meio de declaração para a Receita Federal, como fazem os demais ativos financeiros.

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A pesquisa aponta que o grupo identificado como “mercado financeiro” votou 80% em concordância de que a melhor forma de cobrar impostos no mercado de criptoativos é por meio de tributação no ganho. Ou seja, um índice ainda maior do que a média geral de 76%, coletada tomando a opinião dos 180 entrevistados.

Corretoras mais lembradas

Foi perguntado aos participantes: “Quais são as exchanges, ou seja, plataformas digitais para compra e venda de criptoativos que você conhece?”. As duas primeiras são Binance e Mercado Bitcoin, com 23% e 20%, respectivamente.

Entre os que investem ou já investiram em criptoativos, 36% apontaram que usam ou usaram a Binance. Na segunda posição vem o Mercado Bitcoin, citado por 24% dos entrevistados.

As instituições financeiras mais tradicionais aparecem nesse ranking das exchanges usadas para investimento: BTG com 4% e XP com 2%.

Imprensa e criptoativos

O veículo de imprensa mais apontado como referência para produção de notícias sobre o mercado de criptoativos foi o jornal Valor Econômico, com 6% das citações. Em seguida vem o Infomoney com 5% e em terceiro o Portal do Bitcoin com 4%.

O estudo também buscou quantificar o valor das informações prestadas por esses veículos. Entre os acadêmicos, o Portal do Bitcoin surge como o que presta informações mais úteis: em uma escala de 0 a 5, o grupo deu 3,3 para o Portal.

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Entre os influenciadores, o Portal do Bitcoin aparece na primeira posição ,junto com o Infomoney. Ambos obtiveram a nota 3,4.

Metodologia

Ao todo, foram entrevistados 180 pessoas: 30 profissionais de mídia (jornalistas que cobrem economia, negócios e mercado financeiro), 30 Gestores Públicos (membros da CVM, Banco Central, Ministério da Economia e CADE), 30 acadêmicos, 30 influenciadores digitais (consultores e analistas de investimentos dos principais bancos, corretoras e fundos e investimento) e 30 parlamentares (deputados e senadores de comissões com pertinência temática à agenda de economia ou relacionados ao PL 4.401/2021).

As entrevistas foram realizadas por telefone, com exceção dos parlamentares, que responderam pessoalmente os questionários.

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