Imagem da matéria: Ex-devs do Monero lançam nova blockchain de privacidade; conheça a Tari
(Imagem: Divulgação/Tari)

Uma nova blockchain de primeira camada focada em privacidade e acessibilidade à mineração está agora ativa com o lançamento da mainnet da Tari.

Liderada por um grupo de ex-desenvolvedores do Monero, a rede principal da Tari segue o lançamento da testnet em setembro de 2024, posicionando-a em um campo já saturado de redes de primeira camada, que inclui gigantes como Bitcoin, Ethereum e Solana. Mas os desenvolvedores enxergam a Tari de forma diferente.

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“Nossa opinião: as cadeias existentes estão perdendo ingredientes-chave necessários para que tenham sucesso como base de um novo sistema financeiro global”, disse Naveen Jain, colaborador da Tari, ao Decrypt, citando a dificuldade de integração e os “sistemas de vigilância nível 1984” que ele afirma estarem presentes em outras redes.

A Tari busca corrigir essas falhas oferecendo o que os desenvolvedores dizem ser a experiência de entrada mais fácil do mundo cripto, exigindo apenas três passos para que alguém se torne um usuário on-chain. E, sendo confidencial por padrão, a rede oculta automaticamente os valores das transações e os endereços do remetente e destinatário na blockchain.

“Manter as transações e saldos confidenciais protege os usuários”, disse Jain. “Nenhum terceiro pode monitorar, criar perfis ou rastrear seu comportamento financeiro. Proteger os usuários é parte essencial de oferecer uma experiência de classe mundial.”

“Para os desenvolvedores, construir em um sistema confidencial por padrão significa ter mais controle sobre sua base de usuários”, acrescentou. “Para os usuários finais, trata-se de segurança e liberdade.”

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Embora frequentemente exaltada como algo positivo, a transparência das blockchains pode ter efeitos negativos se os saldos das contas estiverem facilmente acessíveis a qualquer pessoa, potencialmente atraindo a atenção de agentes maliciosos.

Ataques físicos contra detentores de ativos digitais têm aumentado, com um banco de dados criado por Jameson Lopp, cofundador e CTO da empresa de segurança Bitcoin Casa, registrando 21 desses ataques somente neste ano — incluindo um na última semana.

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“Blockchains com vigilância por padrão criam um mundo onde qualquer pessoa pode ver quanto dinheiro você tem, e todo o seu histórico de transações desde o início dos tempos”, afirmou Jain. “Por que alguém usaria um sistema que os torna objetivamente menos seguros e não se alinha com sua compreensão de como funcionam os sistemas financeiros fora do mundo cripto?”

Tari já atrai 700 mil participantes

Desde o lançamento da testnet em setembro, a empresa afirma ter atraído mais de 700 mil participantes em seu programa de airdrop da Tari e quase 100 mil mineradores de testnet usando o aplicativo Tari Universe. O aplicativo para Mac e Windows permite aos usuários participar e visualizar o processo de mineração por prova de trabalho (proof-of-work).

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No primeiro dia, os usuários poderão minerar através do Tari Universe, enviar ou receber o token nativo da rede, o XTM, e ganhar recompensas ao convidar amigos para participar da rede. No futuro, o ecossistema Tari pretende hospedar um conjunto robusto de protocolos e aplicativos descentralizados.

“À medida que a base de mineradores da Tari cresce, e que a segunda camada nativa e a loja de aplicativos da Tari forem lançadas, acreditamos que os desenvolvedores vão preferir construir aplicativos inovadores na Tari em vez de outras cadeias”, disse Jain.

“O objetivo da rede Tari é recompensar usuários que se dedicam a proteger a rede, não bots, ‘KOLs’ (líderes de opinião), ou caçadores de airdrops”, afirmou. “E o objetivo da rede é permitir que vivam suas vidas com anonimato alegre. Rejeitamos a ideia de que o sistema financeiro do futuro tenha que parecer algo saído de ‘1984’ ou ‘Minority Report.’”

(Nota de transparência: Naveen Jain, colaborador da Tari, é investidor na DASTAN, empresa controladora do Decrypt.)

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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