A CVM notificou na terça-feira (10) a TraderGroup quatro meses após ela ter sido fechada pela Polícia Federal e o seu site retirado do ar. A empresa prometia rendimentos que chegavam a 20% ao mês com supostos investimentos em criptomoedas.
Em nota no site, a CVM comunicou que a “Trader Group Administração de Ativos Virtuais EIRELI, TG Agenciamentos Virtuais LTDA e Wesley Binz Oliveira não se encontram habilitados a ofertar publicamente títulos ou Contratos de Investimento Coletivo (CIC)”
A autarquia ainda linkou o site da empresa, que não se encontra no ar desde maio, quando foi fechado pela Polícia Federal.
Por fim, a CVM determinou que todos os sócios e responsáveis deixem de fazer ofertas públicas de seu produto sob pena de multa cominatória diária de R$ 100 mil.
Operação Madoff
A operação Madoff surgiu para investigar a atuação ilegal da TraderGroup que dizia administrar investimentos com criptomoedas.
A Polícia Federal mobilizou, em 15 de maio, 43 agentes para cumprir cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Acre. Foram apreendidos 2,8 Bitcoins que estavam em poder dos investigados e quatro carros de luxo.
Foi descoberto também nesse período que a Polícia havia encontrado um endereço que continha mais de 4 mil bitcoins. A questão era que essa chave não pôde ser apreendida por não existir provas de que essas criptomoedas pertenciam aos investigados.
Bitcoins e carros de luxo
Em agosto, a Justiça do Espírito Santo determinou que os bitcoins e os carros de luxo apreendidos pela Polícia Federal na “Operação Madoff” fossem arrestados para garantir uma possível execução de R$ 106.716,70 contra a TraderGroup.
A juíza da 4ª Vara Cível de Serra (ES) concedeu a tutela de urgência para que fossem acautelados bens e valores dos requeridos que foram bloqueados ou apreendidos pela Operação Madoff, ou seja, 2.8 Bitcoins, uma BMW, uma Mercedez Benz, um Chevrolet Blazer e um Honda Civic.
Lentidão da CVM
Em junho deste ano, a CVM também notificou uma empresa que já havia sumido do mapa. Na ocasião, a empresa foi a Way Capital, que captava dinheiro de clientes de forma irregular para realizar operações com derivativos em ações, índices, criptomoedas e forex.
Semelhante a uma pirâmide financeira, a Way prometia retorno garantido aos investidores e remunerava com taxas altas clientes que cadastrassem novas pessoas no esquema.
Mesmo fora do ar, a CVM também aplicou uma multa diária de R$ 1 mil na época, caso a determinação não fosse cumprida.
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