A Polícia Federal (PF) deflagrou na quarta-feira (4) a segunda fase da Operação Cryptoscam, que investiga a atuação de um grupo de hackers com base em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Segundo as investigações, os alvos são responsáveis por furtos de criptomoedas e fraudes bancárias cometidas em diversas regiões do Brasil e no exterior.
De acordo com o comunicado da PF, durante a operação foram cumpridos três mandados de busca e apreensão: dois em Balneário Camboriú e um em Itapema. A 1ª Vara Federal de Joinville/SC determinou também o bloqueio de bens de sete pessoas físicas e duas empresas.
“Os alvos são suspeitos de auxiliar os investigados na ocultação e lavagem de bens obtidos com os lucros das atividades criminosas”, disse a polícia.
A primeira fase da operação foi deflagrada em maio, quando os principais envolvidos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.
“A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros envolvidos e aprofundar a análise patrimonial dos suspeitos”, concluiu a PF.
Furto de US$ 1,4 milhão em criptomoedas
Na primeira fase da Operação Cryptoscam, realizada no dia 20 de maio, a Polícia Federal mobilizou duas operações contra organizações criminosas ligadas a fraudes bancárias e furtos de criptomoedas, mirando um grupo familiar baseado em Ponta Grossa, Paraná, suspeito de atuar desde 2010.
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De acordo com a PF, a investigação começou após um furto de US$ 1,4 milhão em criptomoedas de um cidadão de Singapura. O grupo teria se mudado para Balneário Camboriú em 2021 e passou a ocultar os valores por meio da compra de imóveis, carros de luxo, movimentando cerca de R$ 100 milhões entre 2020 e 2025.
“Parte dos membros também é investigada por um ataque a 150 contas da Caixa ligadas a 40 prefeituras”, descreve a PF sobre a Operação Wet Cleaning, que surgiu após a prisão de uma das maiores estelionatárias do país, com golpes contra a Caixa.
Conforme explica o órgão, a investigação revelou conexões com crimes como furto a caixas eletrônicos, fraudes cibernéticas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, utilizando empresas legais como fachada. “O grupo teria movimentado cerca de R$ 110 milhões em criptoativos”.
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