Trader de Iq Option Diego Aguiar segura bolo de dinheiro
Trader Diego Aguiar segura maços de dinheiro (Imagem: Reprodução/Instagram

Apesar de não ter sessão marcada para esta semana – os encontros foram cancelados para que os deputados se dediquem à reforma tributária -, a CPI das Pirâmides Financeiras segue movimentada fora das plenárias.

Os deputados protocolaram nos últimos dias um grande número de requerimentos para convocar pessoas suspeitas de ligação com esquemas fraudulentos com uso de criptomoedas no Brasil.

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Na semana semana, a CPI das Pirâmides já aprovou a convocação da corretora Binance e dos líderes da GAS Consultoria, Trust Investing e Atlas Quantum; clique aqui e confira a lista completa.

Em breve também deve ser confirmada a presença na comissão de outros nomes como Ronaldinho, o analista e influencer Tiago Reis, o professor da Unicamp Jorge Stolfi e os ex-jogadores do Palmeiras envolvidos com o escândalo da XLand.

Confira abaixo uma lista com os nomes dos pedidos mais recentes de convite ou convocação para depor perante a CPI. Os pedidos precisam ser aprovados pelos integrantes da comissão, mas nenhum requerimento foi barrado até o momento.

Diego Aguiar

O deputado Ricardo Silva (PSD/SP), relator da CPI, quer que o influencer Diego Aguiar seja convocado como testemunha para prestar esclarecimentos sobre a Quotex. Trata-se de uma corretora de opções binárias rival da IQ Option que passou a impedir os clientes de sacarem em outubro de 2021.

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Mas a presença de Aguiar parece ter também o objetivo de averiguar um escopo muito maior: “Diego Aguiar, ‘influencer de criptomoedas’, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, pode ter informações sobre fatos potencialmente criminosos apurados por esta CPI”, segundo o pedido feito pelo deputado.

Além disso, o deputado aponta que o trader “foi acusado, no final de 2021, de manipular o mercado de moedas de jogos NFT1, após o token Eternal registrar
um colapso no mercado, caindo 95% em 11 dias” e de promover “a empresa ‘You X
Wallet’, que depois se mostrou mais um possível esquema de pirâmide financeira”.

Diego Aguiar está sempre no notíciário: caiu em golpe de milhões com criptomoedas, comprou a Lamborghini do Rei do Bitcoin e passou a usar o mendigo Givaldo Alves para se promover.

BlueBenx

O relator também fez requerimento para convocar Roberto de Jesus Cardassi, criador da BlueBenx, para falar na condição de testemunha.

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A BlueBenx, que prometia altos retornos com investimentos em criptomoedas, interrompeu os saques dos clientes no dia 11 de agosto de 2022. A empresa alega ter sido vítima de um ataque hacker “extremamente agressivo”, mas depois mudou a narrativa alegando ter sido vítima de um golpe de falsa listagem.  

O advogado da companhia, Assuramaya Kuthumi, afirmou na época que a empresa havia perdido R$ 160 milhões no incidente. Evidências on-chain, no entanto, localizaram uma perda de apenas R$ 1,1 milhão em tokens que a BlueBenx supostamente perdeu ao cair em um esquema de falsa listagem, transferidos posteriormente para a corretora Binance, segundo apuração do Portal do Bitcoin.

DD Corporation

Outro requerimento do relator é para convocação de Gabriel da Silva Rodrigues Benigno, um dos líderes da DD Corporation, pirâmide financeira que pode ter deixado um prejuízo de até R$ 2 bilhões. 

A DD Corporation alegava ser uma plataforma de educação sobre o mercado de criptomoedas. No entanto, usava um suposto robô de arbitragem com bitcoin como principal chamariz.

Em dezembro de 2019, a DD sacramentou o calote e anunciou que encerraria as atividades no marketing multinível no último dia daquele ano.

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Mining Express

Uma outra figura conhecida do noticiário policial é Carlos José Souza Fuziyama, que o relator Ricardo Silva pede que seja convocado como testemunha para falar da Mining Express.

Após ser notícia por ser promotor da pirâmide D9, Fuziyama submergiu por algum tempo até reaparecer com a abertura da Mining Express, sua própria empresa de mineração em nuvem, com sede na Ucrânia — um suposto investimento de US$ 100 milhões, como indicam reportagens da imprensa local.

A mineradora, registrada na Ucrânia em 2018, prometia lucros diários aos investidores. No Brasil, a empresa virou alvo da CVM em 2020, quando passou a oferecer mineração em nuvem a brasileiros.

A entidade entendeu que havia indícios de contrato de investimento coletivo, produto de mercado financeiro que necessita de autorização da autarquia para operar.

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