Celular com o logo da CVM e notebook aberto no site da Comissãod e Valores Mobiliários
Shutterstock

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou nesta quarta-feira (5) um Ofício Circular complementando a visão sobre tokens de renda fixa e recebíveis que havia divulgado em abril.

O órgão ressalta que tanto esse ofício como o anterior tem como objetivo mostrar a forma como a CVM entende o possível enquadramento de tokens de renda fixa (TR) como valores mobiliários – mas que não representam regulamentações da Comissão.

Publicidade

“Reforçamos que o objetivo deste documento é o de orientar e não o de regulamentar. Ao longo dos anos de 2022 e 2023, a SSE [Superintendência de Supervisão de Securitização] recebeu consultas e realizou ações de supervisão envolvendo diferentes modalidades de tokens, incluindo os TR, que motivaram a elaboração do OC 4/23. As consultas recebidas demonstraram haver dúvidas de participantes do mercado sobre a caracterização como valores mobiliários de determinados investimentos ofertados e o nosso objetivo com os ofícios circulares é prestar os esclarecimentos necessários”, afirma Bruno Gomes, Superintendente de Supervisão de Securitização da CVM.

O Ofício Circular CVM/SSE 6/2023 afirma que a manifestação de abril não tinha por objetivo “debater a tecnologia utilizada nas emissões”, mas sim de trazer “clareza de que determinadas modalidades de investimento em direitos creditórios podem se caracterizar como valores mobiliários”.

A CVM ressalta que cabe às empresas que irão oferecer os tokens avaliar se os produtos se caracterizam como valores mobiliários, conforme indica o Parecer de Orientação 40, divulgado em outubro do ano passado.

Assim, cabe aos emissores dos tokens decidirem se devem submeter os produtos a uma regulação da atuarquia.

Quando um token é entendido pela CVM como valor mobiliário, passa a ter que seguir uma série de regras específicas tais como: registro de emissor e informações sobre intermediação, escrituração, custódia, depósito centralizado, registro, compensação, liquidação e administração de mercado. 

Publicidade

Ofício de abril

No ofício de abril, a CVM alegou que os tokens de renda fixa são ofertados publicamente por meio de “exchanges”, “tokenizadoras” ou outros meios e concedem remuneração fixa, variável ou mista ao investidor e isso seria um ponto fundamental em seu entendimento. 

Outros detalhes mais técnicos foram apresentados pela CVM para tomar a decisão de considerar os TR como valores mobiliários:

  • Podem ser representativos, vinculados ou lastreados em direitos creditórios ou títulos de dívida.
  • Os pagamentos de juros e amortização ao investidor decorrem do fluxo de caixa de um ou mais direitos creditórios ou títulos de dívida.
  • Os direitos creditórios ou títulos de dívida são cedidos ou emitidos a investidores finais ou a terceiros que fazem a “custódia” do lastro em nome dos investidores.
  • A remuneração é definida por terceiro que pode ser emissor, cedente ou estruturador.

Parecer de Orientação 40

No parecer de outubro do ano passado, a CVM apontou que irá considerar um criptoativo como valor mobiliário quando for a representação digital de um valor mobiliário, conforme apontam os incisos I a VIII do art. 2º da Lei 6.385 e/ou previstos na Lei 14.430, que trata dos certificados de recebíveis em geral.

Os incisos do artigo apontado pela CVM da Lei 6.835 apontam que são valores mobiliários: ações, debêntures, bônus de subscrição; os cupons direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários; os certificados de depósito de valores mobiliários; e as cédulas de debêntures.

Não perca dinheiro. No Mercado Bitcoin, você pode fazer staking de Ethereum de maneira segura e simples. Abra sua conta agora e comece a ganhar recompensas sobre seus investimentos em criptomoedas.

VOCÊ PODE GOSTAR
Telas de smartphone e computador sobrepostas mostram logo da corretora Mercado Bitcoin

MB lança Monest, token de Renda Variável Digital com potencial de rentabilização de até 4x

Os investidores serão remunerados com parte da receita bruta da Monest Cobranças S.A, plataforma de gestão de inadimplência e cobrança digital no Brasil
Imagem da matéria: Clientes invadem corretora que suspendeu saques e recebem chocolates ao invés de criptomoedas

Clientes invadem corretora que suspendeu saques e recebem chocolates ao invés de criptomoedas

50 clientes invadiram a sede da Beribit em Moscou para exigir a devolução de R$ 22 milhões em criptomoedas presas na corretora
Imagem da matéria: MicroStrategy cria 'ID Descentralizada' na blockchain do Bitcoin

MicroStrategy cria ‘ID Descentralizada’ na blockchain do Bitcoin

Michael Saylor anunciou ontem (1) o protocolo Orange para identificação descentralizada
moeda de bitcoi à frente de bandeira da união europeia

Parlamento Europeu aprova novas regras para combater lavagem de dinheiro com criptomoedas

Bancos, gestores de ativos e de criptomoedas terão que comunicar atividades suspeitas a autoridades competentes