Imagem da matéria: Banqueiro quer fim do dinheiro físico para solucionar crise na Argentina
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Acabar com o dinheiro em papel na Argentina e passar a usar exclusivamente o peso em um formato digital pode ser uma forma de resolver diversos problemas da economia do país. Pelo menos essa é a análise do presidente da Fundación Inclusión Productiva e ex-diretor do Nuevo Banco del Chaco, Carlos María De los Santos, que propõe a criação do Peso Argentino Digital (PAD).

Em entrevista ao portal local BAE Negocios publicada nesta semana, De los Santos disse que a medida irá aumentar a arrecadação tributária do Estado e poderá reduzir os impostos, já que a redução de evasão fiscal que viria com a medida teria o potencial de produzir um superávit de 15% a 20%.

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“O Peso Argentino Digital irá permitir que todas as transações sejam detectadas e registradas. Hoje a evasão fiscal está por volta de 50%. Desta forma as cédulas e moedas em ciruclação seriam aliminados e tudo seria incluído em saldos bancários”, disse Carlos María.

O banqueiro afirma que a medida tem como benefício extra não ser gerar emissão monetária e não ter custos para o Estado: a proposta é que a tecnologia já usada pelos bancos seja a utilizada para o PAD. Segundo ele, a entrada desse dinheiro no sistema oficial iria triplicar a capacidade dos bancos oferecerem crédito e isso acarretaria na diminuição dos juros para quem tomar empréstimo.

“Todos os movimentos monetários ficariam registrados, e por isso a evasão impositiva seria eliminada. Assim, poderia-se conseguir uma maior arrecadação sem novos impostos e ajustes, regularizando o mercado de trabalhado informal e redistribuindo a carga tributária por toda a cadeia de produção e consumo”, afirma.

Economia em crise na Argentina

A Argentina passa atualmente por um agudo problema de hiperinflação. Até o fim de dezembro, o aumento de preços deve chegar a 100% no acumulado do ano.

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Conforme mostra reportagem da CNN, o país prepara um novo pacote de congelamento de preços. O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, disse que está preparando um plano para congelar os valores de produtos mais consumidos pela população, como alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza.

Os produtos que forem colocados nessa lista ficarão sem aumento pode 120 dias. Em outubro do ano passado, o governo argentino do presidente Alberto Fernández já havia tomado atitude semelhante, ao criar uma cesta de itens que ficaram sem poder ter aumento de preço por 90 dias.

Mas esse recurso está longe de ser uma novidade no país. Em 2019 o então presidente Mauricio Macri congelou aumento de preços da comida. Essa medida tinha sido tomada também em 2013, quado Cristina Kirchner comandava o país.

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