As principais criptomoedas operam em terreno negativo nesta quarta-feira (10), com investidores globais atentos ao índice de preços ao consumidor americano que será divulgado nesta manhã e que pode indicar o rumo da política monetária nos EUA.
O Bitcoin tem queda de 2% em 24 horas, para US$ 69.097,90, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC cai 2,4%, negociado a R$ 348.695,33, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) recua 2,8%, cotado a US$ 3.527,89.
As altcoins são negociadas no vermelho, com destaque para Solana (-2,3%), Cardano (-3,9%), Dogecoin (-3,5%), TRON (-0,3%), Chainlink (-1,8%), Avalanche (-2,1%), Polkadot (-5%), Polygon (-5,5%) e Shiba Inu (-2,4%). BNB e XRP vão na contramão, com alta de 1,5% e 0,6%, respectivamente.
Bitcoin hoje
As perdas do Bitcoin nesta manhã seguem o desempenho negativo visto na terça-feira (9), quando a maior criptomoeda chegou a cair para US$ 68.580, levando outras altcoins no mergulho, mostram dados do CoinDesk.
As quedas resultaram em quase US$ 200 milhões em posições de derivativos alavancadas liquidadas em diversos criptoativos, segundo cálculos da CoinGlass.
Nesta quarta, o preço do Bitcoin e de outros ativos de risco pode ser influenciado pelos dados da inflação ao consumidor nos EUA, o chamado CPI, que poderia abrir as portas ou não para um corte de juros já em junho pelo Federal Reserve, o banco central americano.
Os últimos meses foram marcados pela volatilidade nas negociações de Bitcoin, diante do lançamento de fundos de índice (ETFs) à vista nos EUA.
Com a valorização do BTC de mais de 140% em 12 meses, investidores de longo prazo parecem ter aproveitado para realizar lucros. O volume de BTC inativo pelo menos há um ano caiu de 70% para 65,8% em apenas três meses. É a menor porcentagem desde outubro de 2022, aponta a Glassnode.
No entanto, a onda de realização de lucros parece ter perdido força nas últimas semanas, destaca a empresa em relatório.
Desafios para o lançamento de ETFs de Ethereum
Em meio ao sucesso dos fundos que investem diretamente em Bitcoin, as perspectivas para a estreia de um ETF de Ethereum à vista não parecem muito positivas, na avaliação das próprias gestoras interessadas em lançar o produto nos EUA.
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Durante o evento Paris Blockchain Week, o CEO da VanEck, Jan van Eck, compartilhou seu pessimismo sobre as chances de aprovação de um ETF com exposição direta à segunda maior criptomoeda.
“Fomos os primeiros a solicitar [o ETF] de Ethereum também nos EUA, e nós e Cathy Wood [CEO da Ark Invest] somos os primeiros na fila para maio, eu acho, para provavelmente sermos rejeitados”, disse em entrevista à CNBC.
A SEC tem até o final de maio para concluir sua revisão sobre o pedido de ETF de Ethereum da VanEck, e outras gestoras devem aguardar na fila até outubro.
Ao contrário do Bitcoin, que é considerado uma commodity descentralizada, não está claro se a SEC, a CVM dos EUA, considera o Ethereum também uma commodity ou valor mobiliário.
Ao CoinDesk, o CEO da VanEck disse que a indústria cripto deveria se focar mais nas taxas de transação e menos no Bitcoin e Ethereum e seus ETFs.
“A história mais importante de 2023, que as pessoas conhecem, mas não acho que estejam focadas o suficiente, é simplesmente que os custos de transação estão agora disponíveis a taxas acessíveis através da Solana ou das chamadas (redes) de segunda camada”, afirmou o executivo.
Outros destaques desta quarta
Em meio ao crescente escrutínio de autoridades, a Worldcoin agora oferece aos usuários a opção de solicitar que o número de identificação criado a partir do escaneamento dos olhos, ou o “código da íris”, seja excluído permanentemente. “Agora, os titulares da World ID têm ainda mais controle com a opção de cancelar” sua identificação, afirmou o projeto em comunicado compartilhado pelo The Block.
“Isso inclui a eliminação permanente do código da íris, que é uma representação numérica da textura única da íris.” Em março, a Coreia do Sul começou a investigar o projeto, enquanto Espanha e Portugal ordenaram a suspensão temporária da coleta de dados biométricos de usuários.
A Monad Labs, empresa por trás da nova rede de primeira camada Monad, fechou uma captação de US$ 225 milhões na segunda-feira (8), a maior do ano da indústria cripto até agora, em rodada liderada pela gigante de venture capital Paradigm, segundo comunicado. Compatível com a Máquina Virtual Ethereum, a blockchain Monad, que ainda será lançada, quer se tornar uma alternativa rápida, segura e de baixo custo ao próprio ecossistema Ethereum e redes de primeira camada como a Solana.
A indústria cinematográfica é dominada por alguns poucos estúdios em Hollywood, o que centraliza o financiamento de novos projetos. A plataforma Film.io pretende mudar isso com a tecnologia web3, construindo o “ecossistema cinematográfico descentralizado mais poderoso do mundo”, disse o cofundador Don Richmond ao Decrypt. O “combustível” da Film.io é seu token nativo FAN, listado em exchanges na terça-feira (9).
Os cineastas podem lançar projetos de filmes ou TV na plataforma Film.io, com a possibilidade de serem endossados por detentores da criptomoeda FAN por meio do staking de seus tokens: quanto mais tokens depositados um projeto tiver, mais rápido poderá receber luz verde, explicou Richmond.
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