A empresa canadense de mineração de criptomoedas Pow.re anunciou nesta quarta (8) que fechou um contrato de fornecimento de 100 megawatts (MW) de energia com o Paraguai. A eletricidade virá de Itaipu, usina hidrelétrica compartilhada com o Brasil e uma das maiores do mundo. As informações são do portal CoinDesk.
O contrato entre a empresa e o governo paraguaio irá durar cinco anos e define os custos que serão cobrados da eletricidade, mas a Pow.re não divulgou quanto irá pagar por cada megawatt.
Com um custo de energia mais baixo que o de várias outras regiões por conta da Itaipu, o Paraguai se tornou um local de interesse para a mineração de Bitcoin, que faz um uso intensivo do recurso no processo de consenso proof of work (PoW).
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A ANDE (Administración Nacional de Electricidad), empresa pública responsável pela gestão dos recursos de energia elétrica, já começou a cobrar uma tarifa maior de empresas de mineração de criptomoedas.
Esse tem sido um tema quente na política local: um projeto de lei que reconhecia a mineração de criptomoedas como uma atividade do setor industrial e possibilita a emissão de licença a corretoras foi aprovado no Legislativo e vetado pelo presidente Mario Abdo Benítez; o Senado derrubou o veto, mas o texto foi então recusado na Câmara dos Deputados.
A operação da Pow.re ficará na região de Yguazu, onde já começou a construção de uma subestação que irá receber energia elétrica direramente de Itaipu e converter de forma que seja utilizável para indústria. Quando toda a infraestrutura estiver pronta, a companhia diz que terá uma capacidade computacional de 4.5 exahash por segundo (EH/s).
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