Diante do novo cenário econômico global, com Estados Unidos e China suspendendo tarifas recíprocas e sinalizando um possível fim da guerra comercial, o analista de macroeconomia e cofundador da corretora BitMEX, Arthur Hayes, tem um conselho: “Comprem tudo”.
O executivo, que atualmente é CIO da Maelstrom, publicou a mensagem em seu perfil no X junto com um print de uma reportagem da Bloomberg com os detalhes do acordo firmado por Estados Unidos e China.
Nesta segunda-feira (12), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, comunicou que após uma reunião entre autoridades das duas maiores potências econômicas, chegou-se a um acordo que inicialmente é válido por 90 dias: a China reduziu as taxas de 125% para 10% em produtos americanos, e os Estados Unidos reduziram as taxas de 145% para 30% em produtos chineses.
Mais cedo, após a trégua entre EUA e China vir à tona, o Bitcoin chegou a atingir uma máxima diária de US$ 105.505, acumulando uma valorização semanal superior a 10%. No momento da redação deste texto, a maior criptomoeda do mercado opera com baixa de 0,7% e é vendida a US$ 103.994.
Além disso, logo após a noticia, tanto os mercados de ações da Ásia quanto da Europa subiram, e os futuros do S&P 500 valorizaram 3%.
Previsão de preço até final do ano
No final do mês de março, Arthur Hayes fez uma previsão para o preço do Bitcoin, que naquele momento sofria queda de 30% da máxima histórica. De acordo com sua análise, a maior criptomoeda do mercado deve ter impulso para US$ 250 mil até o final do ano.
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Hayes prevê que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, cederá à pressão e retomará o quantitative easing (QE) — política monetária que os bancos centrais usam para estimular a economia — para sustentar a economia dos EUA. Ele argumenta que essa medida impulsionará significativamente o preço do Bitcoin.
Leia também: Bitcoin está pronto para um “rali perfeito” graças ao Fed, diz Arthur Hayes
Hayes destaca a mudança na postura do Fed sobre o índice de alavancagem suplementar (SLR) — regra de capitalidade bancária dos EUA que calcula a quantidade de capital próprio que os bancos devem manter — e prevê que uma isenção para bancos aumentará a liquidez no mercado, funcionando como uma forma indireta de QE.
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