O CEO da Binance Changpeng Zhao 'CZ'
Foto: Divulgação

A Binance está planejando contratações que podem ampliar em até 30% o seu quadro de funcionários em 2023. A informação, que partiu do CEO da corretora, Changpeng “CZ” Zhao, nesta quarta-feira (11), surge em meio a uma onda de demissões que vem ocorrendo nos últimos meses no mercado de criptomoedas, assolado pelo chamado ‘inverno cripto’.

Segundo uma publicação da CNBC, CZ – que fez o comentário durante sua participação na  Crypto Finance Conference, em St. Moritz, Suíça – afirmou que no ano passado o quadro de funcionários da Binance saltou de 3.000 para cerca de 8.000 pessoas.

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Para este ano, disse que o objetivo é aumentar este número entre 15% e 30%. Portando, seriam contratados entre 1.200 e 2,400 novos colaboradores.

Sobre a futura escalada, Zhao argumentou que um dos objetivos é deixar a empresa bem organizada antes da próxima alta do mercado de criptomoedas. “Continuaremos a construir e esperamos aumentar novamente antes do próximo mercado em alta”, disse Zhao, segundo a reportagem.

Não é a primeira vez que a Binance afirma querer contratar diante de uma crise global do setor de criptomoedas. Em junho do ano passado, enquanto outras corretoras de criptomoedas estavam demitindo, a Binance passava por uma suposta maratona de contratações.

Na época, Yi He, cofundadora da Binance, disse durante um evento que “o setor cripto ainda está em estágios iniciais” e que era “um ótimo momento para trazer os melhores talentos”.

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Demissões nas empresas de criptomoedas

As empresas de criptomoedas, em sua maioria as plataformas de negociação, foram forçadas a cortar grande parte de sua força de trabalho depois de o market cap de ativos perder mais de US$ 1,5 trilhão em 2022. 

O ano teve dois grandes colapsos, o do projeto Terra, em maio, e o da FTX há alguns meses. Vale lembrar que, em 2021, o mercado quase bateu um marco de US$ 3 trilhões — US$ 2,9 trilhões no dia 09 de novembro.

Uma das últimas notícias sobre demissões veio da Coinbase, a segunda maior corretora do mercado cripto, vieram na terça-feira (10) do mundo, quando a empresa citou como motivo “as condições de mercado que afetam a criptoeconomia”.

Conforme um registro feito pela empresa junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a corretora descreveu como uma reestruturação com a redução do número de funcionários em cerca de 950 pessoas.

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A Coinbase começou a reduzir sua força de trabalho em junho de 2022, anunciando um corte de 18% em sua força de trabalho, ou cerca de 1.100 funcionários.

No último dia 05, no mesmo dia em que o banco cripto Silvergate demitiu 40% da força de trabalho, a companhia de empréstimos Genesis Trading também anunciou a dispensa de boa parte da equipe, em um esforço para reduzir os custos da empresa em dificuldades.

Na sexta sexta-feira (6) foi a vez da Huobi, a exchange de criptomoedas com sede em Cingapura. A companhia confirmou que vai cortar cerca de 20% de sua equipe geral.

No início de dezembro, foi a vez das corretoras de criptomoedas Bybit e a Swyftx se colocarem como vítimas da propagação da crise no setor após o colapso da FTX. Ambas as empresas anunciaram cortes.

Uma semana antes, a Kraken anunciou que estava cortando cerca de 1.100 funcionários, ou 30% de sua equipe, com seu CEO, Jesse Powell, citando preocupações econômicas mais amplas e um mercado cripto de baixa que ainda não viu chance de voltar a respirar.

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Em resumo, ao longo do ano de 2022 a maioria das empresas de criptomoedas, blockchain e de mineração de bitcoin, como a Core Scientific, por exemplo, tiveram que fazer mudanças para se adaptar às novas realidades trazidas pelo inverno cripto.

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