Máquinas alinhadas em um centro de mineração
Operação de mineração de Bitcoin (Foto: Shutterstock)

A Core Scientific vai desligar milhares de rigs de mineração de criptomoedas da Celsius, depois que as duas empresas falidas finalmente chegaram a um acordo após meses de disputa.

Uma das maiores mineradoras de Bitcoin do mundo, a Core Scientific culpou seus problemas financeiros, pelo menos parcialmente, por conta do contrato com a Celsius, após a credora cripto ter entrado com o pedido de recuperação judicial em julho e deixado de cobrir a sua parte das contas de energia.

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Em um ponto, os advogados da empresa disseram que a Core estava perdendo US$ 53 mil por dia no acordo de hospedagem.

Após a Core ter entrado com o pedido de recuperação judicial em dezembro, as duas empresas concordaram em fechar 37 mil rigs de mineração da Celsius. Em uma audiência na terça-feira (3), um advogado da Celsius disse que um acordo para encerrar totalmente o relacionamento estava sendo finalizado.

A notícia surge depois que a Core Scientific pediu ao juiz David R. Jones para rejeitar os contratos da Celsius como medida de emergência no final de dezembro, e alegou que poderia usar a capacidade adicional para gerar até US$ 2 milhões por mês.

A empresa disse quando entrou com o pedido de recuperação judicial no mês passado que continuaria as operações durante todo o processo.

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Caminho para a falência

Além de seus laços com a Celsius, a Core enfrentou as mesmas dificuldades que afetaram outras mineradoras cripto listadas na bolsa de valores no ano passado, já que os preços do Bitcoin permanecem baixos e variando pouco, enquanto os custos de energia só aumentaram.

A empresa com sede em Austin abriu o capital na Nasdaq por meio de um acordo SPAC em janeiro de 2022. Desde a sua estreia, o preço das ações despencou mais de 98%.

Foi anunciado, em meados de dezembro, um último esforço para evitar a falência, com a oferta de uma injeção de US$ 72 milhões do banco de investimento B. Riley.

Mas o principal executivo da Core Scientific, Michael Bros, afirmou nos processos judiciais que a empresa já havia rejeitado a oferta do B. Riley antes de ser tornada pública e que, após analisar as propostas subsequentes, um comitê concluiu que a oferta “não fornecia uma solução abrangente de reestruturação, provavelmente sujeitaria a empresa a litígios com outros constituintes credores […] e não resolveu certas questões que a empresa enfrentava, como o seu litígio com a Celsius”. 

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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