Imagem da matéria: Kraken é investigada por contornar sanção dos EUA e permitir uso da corretora por iranianos
(Foto: Shutterstock)

O Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros (ou OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro Americano está investigando a corretora de criptomoedas Kraken por ter supostamente violado sanções econômicas contra o Irã, segundo uma reportagem do New York Times desta terça-feira (26).

Cinco pessoas “afiliadas à empresa ou com conhecimento sobre a investigação” contaram ao New York Times que a Kraken é suspeita de permitir que clientes no Irã e em outros países sancionados usassem sua corretora apesar de a empresa ser proibida de fazê-lo. As fontes preferiram permanecer anônimas com medo de sofrerem represálias, de acordo com a reportagem.

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Os Estados Unidos mantém as sanções econômicas contra o Irã desde 1979, ou seja, nenhuma empresa com sede nos EUA pode comprar ou vender bens e serviços para ninguém do país asiático.

Após um acordo envolvendo o programa nuclear iraniano os EUA suspenderam algumas das sanções contra o país em 2015. Porém, em 2018, o então presidente americano Donald Trump desfez o acordo e as sanções voltaram.

O diretor-jurídico da Kraken, Marco Santori, contou ao Decrypt via e-mail que “a Kraken não comenta sobre discussões específicas” com reguladores.

“A Kraken possui medidas robustas de compliance implementadas e continua a aumentar sua equipe de compliance para combinar com seu crescimento comercial. A Kraken monitora de perto o compliance com legislações relacionadas a sanções e, de modo geral, informa até mesmo possíveis problemas a reguladores”, disse Santori.

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Em setembro de 2021, a Comissão sobre a Negociação de Futuros de Commodities (ou CFTC) multou a Kraken em US$ 1,25 milhão por listar “a negociação ilegal de ativos digitais fora da corretora e falhar em registrá-los conforme necessário”.

No meio desses episódios, a empresa está fazendo um acerto de contas com um choque de cultura interno. Em junho, o CEO da Kraken, Jesse Powell, enfatizou as iniciativas de garantir que sua corretora continuasse sendo uma “empresa em prol da liberdade” e alegou que funcionários “incomodados” devem se retirar.

Enquanto a Kraken está sob investigação por supostamente violar sanções americanas, o OpenSea frustrou alguns usuários este ano quando fez questão de aplicar sanções americanas contra o Irã. Em março, o mercado de tokens não fungíveis (ou NFTs) com sede em Nova York baniu inúmeros traders iranianos que ou moravam ou afirmavam ter morado no país.

Binance é investigada por furo de embargo

Em julho a agência de notícias Reuters publicou reportagem relatando que a corretora de criptomoedas Binance continuou permitindo que transações na plataforma fossem feitas por pessoas no Irã mesmo após o país asiático ter sido incluído na lista de sanções comerciais dos Estados Unidos em 2018.

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Binance anunciou em novembro de 2018 que iria parar de atender clientes no Irã e pediu que os usuários do país liquidassem suas posições na plataforma.

Mas a agência de notícias entrevistou sete traders que disseram usar a corretora normalmente até setembro de 2021 — um mês antes de a empresa anunciou regras mais duras para prevenção de lavagem de dinheiro.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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