Imagem da matéria: Ethereum atrasa início da "bomba de dificuldade" para agosto
(Foto: Shutterstock)

Na última sexta-feira (10), os principais desenvolvedores do Ethereum se reuniram e decidiram atrasar a chamada “bomba de dificuldade”, um fator fundamental para a tão aguardada “Fusão” do Ethereum, que fará a migração da rede de um consenso proof of work (ou PoW, na sigla em inglês) para proof of stake (ou PoS).

A bomba de dificuldade foi implementada no código do Ethereum em 2015 como uma medida para forçar validadores a aceitarem a fusão. Uma implementação da fusão foi feita na rede de testes Ropsten na última quarta-feira (8).

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Após a fusão na rede de testes e a discussão de inúmeras falhas presentes na fusão-teste, desenvolvedores apresentaram a Proposta de Melhoria ao Ethereum (ou EIP) nº 5.133 para atrasar a bomba de dificuldade para agosto de 2022. Anteriormente, já havia passado por cinco adiamentos.

“Basicamente, concordamos com o atraso da bomba”, tuitou Tim Beiko, líder de desenvolvimento, após a reunião de sexta-feira. “Estamos pensando em um atraso de cerca de dois meses para que a atualização seja feita no fim de junho.”

Embora desenvolvedores do Ethereum ainda não tenham definido uma data para a fusão do Ethereum, tanto o fundador Vitalik Buterin como o desenvolvedor principal Preston Van Loon disseram que acontecerá em agosto — “se tudo acontecer conforme o planejado”, disse Van loon em uma conferência em maio.

“Então, iremos adiar a bomba de dificuldade do Ethereum”, tuitou Ben Edgington, outro desenvolvedor principal. “Dissemos que isso não irá atrasar a Fusão. Eu sinceramente espero que não [atrase].”

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A nova EIP-5133 ainda garante que a meta é que a Fusão aconteça “antes de agosto de 2022”.

O que é a bomba de dificuldade?

A rede Ethereum, a maior plataforma de contratos autônomos (ou “smart contracts”), está migrando de um modelo de consenso proof of work (ou PoW) para um modelo de consenso proof of work (ou PoS) que deve tornar a blockchain mais eficiente e fazê-la consumir bem menos energia.

Atualmente, o Ethereum é apoiado por validadores (ou mineradores) que usam computadores remotos para solucionar complicados problemas matemáticos para registrar e verificar transações — assim como na blockchain Bitcoin.

Após a Fusão, validadores vão fazer o staking de moedas para confirmar transações, mas existem preocupações de que alguns validadores possam rejeitar o consenso PoS.

Para evitar esse contexto, a bomba de dificuldade aumenta a dificuldade de blocos (o tempo que demora para que validadores verifiquem e acrescentem uma transação à blockchain) exponencialmente ao longo do tempo.

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Durante um período mais extenso, torna-se impossível que validadores minerem novas transações por conta de uma dificuldade de blocos quase infinita, forçando o fim do PoW no Ethereum.

Por outro lado, a “bomba de dificuldade” executada no momento errado pode suspender o Ethereum antes de a Fusão ser finalizada, resultando em desastres consequências financeiras.

Ether derrete

O ether (ETH), a segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, caiu 36% nos últimos sete dias por conta de uma combinação de fatores macroeconômicos — ações de tecnologia também despencaram; o índice de preço do consumidor (ou CPI) dos EUA mostrou um aumento na inflação pior do que o esperado —, mas a fusão na rede Ropsten da semana passada aparentemente não ajudou muito.

Agora, o ether está 75% distante de sua alta recorde de US$ 4.891 registrada em novembro de 2021, segundo o CoinMarketCap.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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