A Polícia Civil de São Paulo cumpriu no início da semana 42 mandados de busca e apreensão em um caso que envolve lavagem de dinheiro com criptomoedas. Segundo o órgão, o esquema era feito com valores obtidos por meio de fraudes bancárias em movimentações que podem ultrapassar R$ 657 milhões.
De acordo com o comunicado da entidade na quinta-feira (21), a ação ocorreu nas cidades de São Paulo; Americana; Taquarituba; Braúna; Santo André; São Caetano do Sul; Araçatuba; e Santana de Parnaíba; e em mais três municípios de Goiás. A operação foi batizada “Criptowhite”.
Segundo detalha o comunicado, investigações feitas a partir de agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Fraudes Financeiras praticadas por Meios Eletrônicos, da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER), culminaram na descoberta da subtração de valores de uma instituição financeira.
Conforme descreve o órgão, “apuraram que o dinheiro era transferido para quatro empresas de fachada e posteriormente negociado em criptomoedas”. O nome da entidade financeira não foi revelado.
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Durante as ações, os agentes apreenderam documentos e R$ 1,5 milhão, além de quatro carros de luxo, dezenas de notebooks e celulares, HDs e pen drives.
Os produtos sequestrados serão encaminhados para a perícia do Instituto de Criminalística (IC), fornecendo provas técnicas acerca de locais, materiais, objetos, instrumentos e pessoas, para a instrução de processos criminais.
Prisões ou apreensões de criptomoedas ou algum tipo de ativo virtual não foram informadas pelo órgão.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que esteve à frente no cumprimento dos mandados, contou com o apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra) e de agentes do Especial de Reação (GER), do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).