O volume de negociações nas maiores exchanges de criptomoedas do mundo caiu pela metade em junho, enquanto a queda generalizada do mercado parece afastar os investidores.
As corretoras movimentaram US$ 958 bilhões em junho contra US$ 2,1 trilhões em maio — uma queda de 56%, segundo os dados do The Block Research. A Binance representou 69% de todo esse volume. Em segundo lugar vem a Coinbase com 8% das negociações, seguida por FTX (4,2%) e Kraken (4,1%).
Com esse desempenho, junho deu fim a uma sequência de quatro meses em que o volume mensal das exchanges se manteve acima de US$ 1 trilhão. Em maio, inclusive, foi a primeira vez na história que as corretoras ultrapassaram a marca de US$ 2 trilhões.
A agitação nessas plataformas, no entanto, não conseguiu se manter em junho, quando o bitcoin mais uma vez terminou o mês no vermelho, fechando o seu pior trimestre desde o final de 2018.
Corretoras brasileiras
Os traders brasileiros também deram uma pausa nas negociações de bitcoin em junho, causando uma queda de 51,6% no volume das principais corretoras brasileiras, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
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Se em maio R$ 6,4 bilhões em bitcoin foram movimentados no Brasil, em junho esse número caiu para R$ 3,1 bilhões.
A Binance continuou a sua dominância no mercado brasileiro e foi responsável por mais da metade dessas negociações (R$ 2,2 bilhões), acompanhada em seguida pelas corretoras Mercado Bitcoin (R$ 587 milhões), Foxbit (R$ 181 milhões) e Bitcoin Trade (R$ 112 milhões).
Os dados são monitorados pelo Portal do Bitcoin e correspondem ao volume diário das maiores exchanges em operação no Brasil.
Queda do bitcoin
Apesar da queda do volume das corretoras significar que menos dinheiro está sendo injetado no mercado de criptomoedas, pode indicar também que a venda de moedas pode ter diminuído.
Em maio, o volume atingiu um nível fora do normal porque parte do mercado, principalmente os investidores menos experientes, entrou em pânico com e vendeu as criptomoedas com um prejuízo de US$ 3,2 bilhões.
Alguns sinais, no entanto, apontam uma possível volta do interesse dos investidores. No sábado (3), as baleias compraram 60 mil bitcoins (US$ 2,1 bilhão), a maior acumulação diária vista em 2021.
Nesta segunda-feira (5), o bitcoin tem alta de 2%, valendo US$ 34.300 segundo o CoinMarketCap. Em reais, a moeda é negociada a R$ 176 mil.