Imagem da matéria: Venezuela Fecha Duas Exchanges de Criptomoedas
Procurador-geral do país é o líder da caçada contra as corretoras (Foto Jefferson Rudy/Agência Senado)

O governo da Venezuela fechou duas das exchanges que operavam no país. Ambas permitiam que os clientes convertessem criptomoedas e bolívares e os enviassem para o exterior.

De acordo com o portal News Bitcoin, a Operação “Paper Hands” fechou a Rapidcambio e a Airtm, mas uma terceira exchange – a Intercash – também foi alvo da investigação. Tarek William Saab, procurador geral da Venezuela, descreveu a operação como a maior da história do país: 112 pessoas foram presas, das quais 107 já foram levadas ao tribunal.

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A operação “busca agir contra pessoas físicas e jurídicas que tenham incorrido em apropriação indevida e disseminação de informações falsas sobre a taxa de câmbio”, explicou Saab.

Segundo o procurador, 1.382 contas bancárias foram congeladas e 711.967 milhões de bolívares foram bloqueados (a quantia equivale a mais de US$ 10 milhões). Além disso, ele também pediu o bloqueio de 247 contas bancárias, 40 novos mandados de prisão e 104 batidas policiais, de acordo com um aviso do Ministério Público.

Acusações do promotor-geral da Venezuela

Das três exchanges alvo da operação, duas foram consideradas mais problemáticas: a Airtm (que negocia zcash, bitcoin, ether, ripple, litecoin, monero, dogecoin e tether) e a Rapidcambio (bitcoin, ether, bitcoin cash, dash, litecoin e ripple).

“Nessas contas, eles receberam depósitos em dinheiro ou transferências e, em seguida, convertidos a uma taxa de câmbio alta e irreal”, disse Saab. O procurador contou que, em setembro de 2017, US$ 1 custou 15 mil bolívares; em dezembro, foram 100 mil bolívares; em janeiro deste ano, 200 mil bolívares; e, no final de março, 500 mil bolívares.

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“Falei com o presidente para criarmos novos centros de detenção para esses criminosos”, completou.

De acordo com a reportagem, a Rapidcambio já encerrou suas atividades. No aviso publicado em seu site, a Exchange disse que “sempre demonstrou sua responsabilidade, honestidade, seriedade e um verdadeiro compromisso de fornecer um serviço a todos os venezuelanos que estão no exterior” e que as taxas de câmbio sempre foram resultado de um mercado livre.

Em outro trecho, a empresa diz: “Infelizmente precisamos fechar nossas operações indefinidamente devido à injusta perseguição às casas de câmbio na Venezuela pelo governo nacional”.

Inflação e petro

A Venezuela vive um período de grande crise social e de alta inflação. Diante dos graves problemas de fluxo monetário que levaram o país a declarar parcialmente uma moratória para quitação de dívidas, o presidente venezuelano Nicolás Maduro lançou a pré-venda da Petro em fevereiro.

A criptomoeda venezuelana é apoiada por uma parte das reservas de petróleo, mais de 5 milhões de barris. Seu preço inicial foi estabelecido em US$ 60 como valor de referência, o equivalente ao preço de um barril de petróleo venezuelano.

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