Imagem da matéria: Trader de IQ Option que espalhou outdoors de si mesmo é alvo de operação da PF no Tocantins
Trader Gustavo Ramos, mostrando várias notas de dinheiro (Imagem: Reprodução/Instagram)

O trader Gustavo Ramos, que opera opções binárias na plataforma de negociação IQ Option, foi um dos alvos da Polícia Federal nesta sexta-feira (06) em operação que investiga uma suposta organização criminosa por trás de um esquema de pirâmide financeira. 

Também conhecido como ‘gusttawin’ no Instagram, cujo perfil tem 1 milhão de seguidores, Ramos ficou famoso por ter espalhado outdoors de si mesmo na região de Palmas, no Tocantins, com mensagem: “Aqui mora Gustavo Ramos, jovem milionário aos 21 anos”. No entanto, três meses antes, ele havia sido acusado de ter enganado várias pessoas que compraram seu robô trader “copywin”.

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Durante a ação da PF, batizada de ‘Operação Midas do Cerrado’, Gustavo não chegou a ser preso, segundo seu advogado, Herlon Santos. O advogado afirma que “nada de errado foi achado na residência” do seu cliente.

“Posso te informar que não houve nenhuma prisão, estão todos em casa e bem. Apenas uma investigação substancial. Não há ainda conclusão de inquérito”, disse Santos em resposta a um e-mail enviado pelo Portal do Bitcoin.

De acordo com o comunicado da PF, cerca de 30 policiais se dirigiram às cidades de Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, para cumprirem mandados de prisão, busca e apreensão. 

Alvos da PF

Os alvos, segundo a polícia, os suspeitos são investigados por supostos crimes cometidos a partir de oferta de investimentos altamente lucrativos nas redes sociais. Investigações mostraram que os retornos prometidos pelos suspeitos poderiam chegar a ser 10% ao dia.

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“Após extenso trabalho investigativo, verificou-se que os suspeitos praticavam diversos crimes, autointitulando-se Traders, como se fossem investidores acima da média, quando não o eram”, diz um trecho do comunicado da PF.

Segundo a PF, o grupo utilizava uma plataforma de negociação com sede nas Ilhas Seychelles e que não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliário (CVM) para operar no Brasil. Desse modo, de acordo com os policiais, eles atraíram as vítimas fazendo com que elas acreditassem em uma forma automática de ganhar dinheiro com os chamados robôs de arbitragem.

“Além disso, usavam robôs, operando em contas de terceiros, praticando um sistema de pirâmide para lucrar em cima do prejuízo de diversas vítimas”, acrescentou a nota.

Os envolvidos podem responder pelos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Estelionato, Organização Criminosa e Lavagem de Capitais, cujas penas somadas podem passar de 25 anos de reclusão, concluiu a PF.

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