O misterioso investidor por trás da terceira maior carteira de bitcoin não se conteve frente à forte queda de preços de janeiro e, desde o início do ano, já comprou mais 4.701 BTC cerca de US$ 177 milhões na atual cotação da moeda.
Neste ritmo, a baleia — termo que se refere a um investidor que detém grandes quantias de criptomoedas — foi capaz de superar o balanço de bitcoin da MicroStrategy, a empresa do maximalista Michael Saylor.
A MicroStrategy fechou 2021 com 124.391 BTC em caixa, concretizando sua posição como a empresa de capital aberto que mais detém bitcoin.
Já a baleia estava com 120.389 BTC na carteira no fim do ano, segundo dados do BitInfoCharts. Desde o dia 1º de janeiro, no entanto, 16 compras massivas de bitcoin fizeram o saldo da carteira saltar para 125,090 BTC, cerca de US$ 4,7 bilhões — finalmente ultrapassando a empresa de Saylor.
Como é um ministério quem está por trás desse endereço, é possível afirmar que essa é a baleia anônima mais rica do mundo. No entanto, isso não significa que ela detém a maior carteira de bitcoin que existe atualmente.
No panorama geral, a carteira fica em terceiro lugar no Bitcoin Rich List, atrás apenas de endereços cujo detentores já são conhecidos no mercado e que pertencem às exchanges Binance e Bitfinex.
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Comprando a queda do bitcoin
A baleia abriu o ano comprando US$ 21 milhões em bitcoin no dia 3 de janeiro. A quantidade de criptomoedas compradas no exato dia em que o BTC fez aniversário de 13 anos parece ter sido simbólica: 21 milhões é a quantia máxima de bitcoin que vai existir no mundo.
À medida que o preço do ativo afundava cada vez mais nas últimas semanas, até atingir o nível de US$ 33 mil na segunda (24), a baleia não se desfez de nenhuma criptomoeda. Pelo contrário, aproveitou a queda para aumentar sua posição.
Após a compra do dia 3, o investidor anônimo adicionou bitcoin na carteira outras 15 vezes, com aquisições que iam desde 8 BTC (a compra mais baixa) a um topo de 605 BTC (a compra mais alta).
Os padrões de compra e venda sugerem que ao invés de pertencer a um único investidor, o endereço deve ser de alguma organização empresarial, como uma corretora ou gestora de investimentos.
A carteira foi aberta em fevereiro de 2019 e tem sido movimentada regularmente, mas a entrada de moedas são muito mais frequentes que as saídas.
O período de acumulação costuma se formar em momentos de baixa do mercado. No início de dezembro, quando o bitcoin caía para US$ 50 mil, mais 2.700 BTC entraram na carteira, seguindo o padrão de entradas que aconteceram durante os dois últimos meses de 2021 e que se intensificam agora em 2022.