O Bitcoin pode estar prestes a enfrentar fortes oscilações de preço. Segundo dados divulgados pelo site CoinDesk, a empresa de análise on-chain CryptoQuant identificou a movimentação de 170 mil BTC — avaliados em mais de US$ 14 bilhões — por investidores que seguram a moeda entre três e seis meses, um grupo historicamente associado a momentos decisivos no mercado.
Esses detentores de médio prazo costumam reagir às condições do mercado com mais cautela do que traders de curto prazo, mas com mais agilidade que os holders de longo prazo. Quando grandes quantidades de BTC saem dessas carteiras, é geralmente um sinal de que algo significativo está prestes a acontecer — seja uma alta explosiva ou uma correção acentuada.
Neste sábado (19), o Bitcoin é negociado a US$ 85.346, dentro da faixa de preços entre US$ 75 mil e US$ 87 mil, onde tem se mantido nos últimos meses. As recentes tensões comerciais provocadas pelas políticas tarifárias do governo Trump adicionam mais incerteza ao cenário macroeconômico.
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Outro sinal de alerta vem do comportamento dos mineradores. A CryptoQuant relatou que, no dia 7 de abril, mineradoras venderam cerca de 15 mil BTC, totalizando mais de US$ 1,1 bilhão. Foi a terceira maior liquidação diária registrada em 2025.
Embora vendas por mineradores sejam comuns para cobrir custos operacionais, volumes tão altos indicam possível estresse financeiro ou antecipação de queda no preço. Para efeito de comparação, em junho de 2024, o volume vendido por mineradores havia sido de “apenas” US$ 200 milhões.
A combinação desses dois fatores — movimentações de investidores estratégicos e liquidações em massa por mineradores — sugere que o Bitcoin está prestes a sair da calmaria. A direção desse movimento, no entanto, ainda é incerta.
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