O Superior Tribunal de Justiça negou na segunda-feira (7) o pedido de habeas corpus feito por Joedson de Oliveira Gama. Ele é acusado de estelionato usando o investimento em criptomoedas como chamariz para os golpes.
A corte também não acolheu o recurso da esposa, Suelen de Souza Ramos Gama, que é acusada de participar ativamente nos crimes — ambos estão foragidos.
Joedson criou duas empresas genéricas — F/Ntech Token Intermediação de Negócios Eireli e Digipac Soluções de Pagamentos em Criptomoedas — e convenceu diversas pessoas a lhe repassarem dinheiro para investimentos que nunca ocorreriam.
No recurso julgado pelo STJ, são citadas nominalmente nove vítimas que juntas repassaram para Joedson o valor de R$ 440 mil.
O ministro relator do caso, Rogério Schietti Cruz, ressalta que é alta a gravidade dos crimes atribuídos ao casal: “captavam investidores, sob a falsa promessa de alto lucro, cumpria o prometido por um ou dois meses com o intuito de gerar credibilidade e angariar mais clientes e, logo após deixava de pagar os rendimentos aos investidores”.
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Pirâmide Maktub Emirates
Joedson também está ligado a um esquema chamado Maktub Emirates, que tem indícios de ser outra pirâmide. No perfil no Instagram a empresa já alardeia: promete 2,8% de rendimentos ao dia e bônus por indicações.
Sua ligação com a Maktub foi estabelecida no processo que tramita na 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (Agravo de Instrumento 2238699-81.2019.8.26.0000).
Entre os acusados, estão a pessoa jurídica Maktub Emirates e as pessoas físicas Joedson e Odilon Barreto de Macedo Monteiro. Esse último, é o apresentador de um vídeo no YouTube no qual convida os “investidores” a conhecerem o esquema.