Imagem da matéria: Procon anuncia acordo com MSK Invest para devolução do dinheiro de clientes
Foto: Reprodução

O Procon de São Paulo anunciou que fechou um acordo com a MSK Invest para que seja devolvido o dinheiro que os clientes aplicaram na empresa. A MSK Invest se dizia uma firma de investimentos em criptomoedas e parou de pagar os investidores em dezembro.

Em um programa na TV Gazeta, o presidente do Procon de São Paulo, o procurador Fernando Capez, disse que a entidade fez um acordo com a MSK para que o dinheiro seja devolvido em 5 parcelas mensais.

Publicidade

A primeira parcela está programada para ser depositada na próxima quinta-feira (20).

Cedo para comemorar

Vale lembrar que em outros casos do passado em que uma empresa garantiu devolver o dinheiro dos investidores, a promessa não foi cumprida. O jornal Zero Hora ressaltou em reportagem de 2020 que um ano após pirâmide da Unick Forex cair, clientes ainda não haviam sido ressarcidos.

A Atlas Quantum é outro caso semelhante: a plataforma de criptomoedas não libera saques desde 2019. O caso de grande repercussão chegou a envolver até vazamento de dados de clientes, e uma lista mostrava saldos em bitcoin, real e dólar, além de e-mails dos investidores.

E por fim o caso da BWA Brasil, empresa suspeita de pirâmide financeira que deu calote de R$ 300 milhões nos investidores, também não devolveu o dinheiro das vítimas.

Caso MSK Invest

A Justiça de São Paulo determinou no dia 20 de dezembro o bloqueio de R$ 100 mil da empresa MSK Invest. A decisão foi do juiz Fábio Henrique Falcone Garcia, que foi muito explícito ao falar sobre o anúncio da empresa de que um dos motivos de parar de pagar os clientes é por conta da insegurança jurídica diante do avanço do Projeto de Lei 2302/15 na Câmara dos Deputados.

Publicidade

O magistrado afirmou que a postura da empresa é um indício de má-fé e de tentativa de não cumprir com os contratos.

“Impondo condições dissociadas da negociação para ressarcimento do valor investido, aliada à falsa justificativa fundada em projeto de lei ainda não aprovado, sugere engodo destinado a evitar cumprimento de obrigação e situação financeira complicada, a indicar risco de lesão grave à requerente”, disse o juiz.

O juiz Luiz Antonio Carrer foi outro que disse haver indícios de que a MSK Invest, empresa que dizia operar com criptomoedas, seja uma pirâmide financeira e de que um mesmo uso de CNPJs é na verdade a prática de um golpe financeiro.

O magistrado também acolheu liminar de uma cliente e determinou o bloqueio de dinheiro na conta da empresa.

“Existem indícios de fraude no contrato celebrado entre as partes, que indica caso de “pirâmide”, a justificar a urgência da medida, pois a ré anunciou que deixará de atuar, sem a perspectiva de devolução da grande quantia investida pelo autor”, afirmou o juiz.

Publicidade

Além disso, ele apontou que o mesmo CNPJ é utilizado pela MSK Invest e uma empresa chamada SOMPI Seguros, e que isso indica “golpe financeiro”.

No dia 22 de dezembro, o Procon de São Paulo disse que iria acionar a MSK Invest e seus sócios no campo criminal e administrativo. A informação foi divulgada pelo presidente do órgão, Fernando Capez.

“A empresa [MSK] enganou diversos investidores prometendo juros de 2% a 5% em aplicação no Bitcoin. E adivinhe? Não pagou ninguém”, disse o procurador em vídeo.

Contraponto da empresa

“Informamos que a MSKInvest atua há seis anos no mercado de criptomoedas e sempre honrou com os compromissos previstos em seus contratos. Por uma decisão de negócios, a companhia descontinuou o produto semestral de criptomoeda. A empresa está providenciando a restituição dos valores para os clientes desse produto, cujo perfil indicado era de alto risco”.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Token da Hawk Tuah Girl desaba 93% e levanta suspeita de rug pull

Token da Hawk Tuah Girl desaba 93% e levanta suspeita de rug pull

Em menos de 15 minutos, o token HAWK alcançou US$ 490 milhões em capitalização de mercado antes de desabar
Imagem da matéria: MB entra na disputa para ser 1º validador da Chiliz no Brasil

MB entra na disputa para ser 1º validador da Chiliz no Brasil

Ao rodar um nó da Chiliz Chain, MB cuidará da governança e segurança da blockchain esportiva parceira de times como PSG, Barcelona e mais nove clubes brasileiros
Imagem da matéria: Exchange japonesa fecha as portas após perder R$ 1,8 bilhão em Bitcoin em hack

Exchange japonesa fecha as portas após perder R$ 1,8 bilhão em Bitcoin em hack

A exchange japonesa DMM Bitcoin vai transferir as contas e os ativos dos clientes para a SBI VC Trade até março de 2025
Imagem da matéria: Pablo Marçal se choca com alta do Bitcoin: "Não para de subir"

Pablo Marçal se choca com alta do Bitcoin: “Não para de subir”

Mais famoso coach do Brasil, Pablo Marçal já declarou várias vezes que o Bitcoin era “coisa de bandido” e chegou a recomendar que as pessoas se afastassem