Imagem da matéria: Polícia argentina prende empresário acusado de pirâmide com criptomoedas
(Imagem: Reprodução/Instagram)

Agentes da Gendarmeria Nacional Argentina, a força nacional do país, prenderam na manhã da sexta-feira (22) em Catamarca, cidade ao norte do país, o empresário Edgar Adhemar Bacchiani, acusado de esquema de pirâmide financeira com criptomoedas. Seu sócio José Armando Blas e outras duas pessoas da organização também foram detidas.

A Justiça Federal de Catamarca indiciou os acusados por associação ilícita, lavagem de dinheiro, fraude e intermediação financeira não autorizada por autoridades do setor, após investigações sobre o caso.

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Como descreveu o Infobae, a Adhemar Capital oferecia rendimentos de até 22% ao mês para quem colocasse dinheiro na empresa. De acordo com o valor investido, diz a publicação, alguns aportes poderiam render também 50% ao ano. “Um suposto esquema Ponzi no estilo Generación Zoe”, comenta o site.

A Generación Zoe, ou Geração Zoe em português — um esquema parecido com o golpe Unick Forex no Brasil — esteve por trás da controversa Zoe Capital, empresa que criou uma criptomoeda Zoe Cash. O negócio virou assunto nacional quando quebrou e virou caso de polícia.

O mandado de prisão Adhemar Bacchiani e dos demais acusados foram solicitados pelos promotores federais Santos Reynoso e Rafael Vehíls Ruiz e expedidos pelo juiz de Catamarca Miguel Ángel Contreras.

No momento da prisão, vários clientes da empresa se encontravam no local. Segundo a reportagem, eles gritavam “Pague rato!”.

Aportes milionários em pirâmide

De acordo com as investigações, no esquema da Adhemar Capital, os clientes eram convencidos de alocar dinheiro na empresa com promessas exorbitantes de rendimentos. No entanto, o negócio — com escritórios em Catamarca, Tucumán e Córdoba — começou a ruir quando os pagamentos ficaram atrasados e várias denúncias começaram a ser registradas.

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Duas das denúncias, inclusive, foram feitas pelo governador de Catamarca Raúl Jalil, cujo irmão caiu no golpe, e pelo governador de La Rioja, Ricardo Quintela. Para se ter uma ideia sobre os aportes feitos na Adhemar capital, em fevereiro deste ano, dois poupadores de Tucumán afirmaram ter investido entre US$ 620 mil e US$ 8,9 milhões na empresa.

Também em meados de fevereiro, o caso de pirâmide tornou-se ainda mais escandaloso quando vários clientes se manifestaram na frente da casa de Adhemar. Na ocasião, descreve o Infobae, o nível de desespero e agressividade diante da falta de respostas era tanta que o empresário teve que sair escoltado pela polícia.

Segundo o La Nación, que também noticiou as prisões, em janeiro deste ano, o Banco Central da Argentina solicitou à Procuradoria de Crimes Econômicos e Lavagem de Dinheiro (Procelac) que investigasse a empresa de Adhemar por conta de indícios de pirâmide sob o pretexto de supostos investimentos em criptomoedas.

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