PF faz ação contra pirâmide financeira que usava apostas esportivas na Paraíba

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão durante a “Operação Sarcófago”; esquema era realizado em quatro municípios da Paraíba
Polícia Federal fazendo batida para a "Operação Sarcófago" que investiga pirâmides financeiras

Polícia Federal faz batida durante a Operação Sarcófago Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) cumpriu 11 mandatos de busca e apreensão em quatro municípios da Paraíba nesta quinta-feira (22), visando combater um esquema de pirâmide financeira que envolvia promessas de “rendimentos extraordinários” com investimento em operações de apostas esportivas. As informações são do comunicado da PF.

Batizada de “Operação Sarcófago”, em alusão aos tesouros históricos normalmente procurados no interior de pirâmides do Egito, a Polícia Federal mobilizou mais de 40 policiais que agiram em Campina Grande, Barra de Santa Rosa, Nova Palmeira e Algodão da Jandaíra, todos municípios da Paraíba.

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Também na Paraíba, a PF já havia deflagrado duas outras operações recentes envolvendo o crime de pirâmide financeira. Na semana passada (15 de junho) foram realizados oito mandados de busca e apreensão e três prisões preventivas relacionadas com crimes financeiros e a empresa Fiji Solutions, de Campina Grande.

Campina Grande também era a sede principal de atuação da pirâmide financeira da Brainsocompany, empresa paraibana acusada de montar um esquema bilionário com criptoativos. A qual já foi alvo de três operações da Polícia Federal.

No caso da Operação Sarcófago, a PF não divulgou os nomes dos indivíduos e empresas envolvidas na investigação.

A investigação teve início quando a Polícia Federal, em Campina Grande, recebeu uma denúncia sobre a prática de crimes financeiros e estelionato no município de Barra de Santa Rosa, na Paraíba.

Segundo o apurado, “o esquema criminoso consistia na oferta pública de rendimentos mensais extraordinários para investidores que aplicassem recursos em operações no mercado de apostas esportivas”, diz o comunicado da PF. “A atividade teria perdurado entre os anos de 2020 a 2022, quando então por desavença entre os sócios, teria sido encerrada sem o ressarcimento dos prejuízos causados as pessoas que aportaram recursos.”

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Os investigados responderão pelos crimes de emissão de valor mobiliário não registrados na CVM, operar sem autorização para Instituição Financeira, Associação Criminosa e Estelionato. As penas podem chegar a até 20 anos de reclusão, conforme comunicado.

Mais detalhes sobre a operação vão ser divulgados em uma entrevista coletiva prevista para às 11h desta quinta-feira, na sede da PF em Campina Grande.